Guilherme de Pádua será velado na Igreja Batista da Lagoinha nesta segunda-feira

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Sepultamento será no cemitério Parque da Colina, também em BH

O ex-ator Guilherme de Pádua foi condenado pela morte da atriz Daniella Perez — Foto: Reprodução/Youtube

Após morrer de infarto na noite desse domingo (6), o ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pela morte da atriz Daniella Perez, será velado na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (7). Pádua era pastor na igreja e foi a um culto na manhã desse domingo no local.

O velório deve ocorrer a partir das 10h30. Já o sepultamento está previsto para as 14h30 desta segunda-feira no cemitério Parque da Colina. 

Por meio de nota compartilhada pelo pastor Márcio Valadão, a Igreja Batista da Lagoinha divulgou com “imenso pesar a morte do pastor Guilherme de Pádua após sofrer um infarto na residência em que morava em Belo Horizonte”. “Com 53 anos recém completados no último dia 2 de novembro, Guilherme compunha o time pastoral da Lagoinha desde sua ordenação, em 2017, liderando o ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana. Antes disso, já havia sido acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginalizados.  Milhares de pessoas privadas de liberdade foram, ao longo desses anos, cuidadas, ministradas no conhecimento da Bíblia e receberam apoio social, jurídico e psicológico do ministério, que também desenvolve dezenas de projetos de profissionalização e reintegração social”, diz a nota. 

No comunicado, a igreja disse que em sua caminhada como pastor, Guilherme viveu longe dos grandes púlpitos. “Não era visto pregando para multidões, mas atuava diariamente nas mais diversas obras com aqueles que a sociedade, muitas vezes, prefere jogar para escanteio. Guilherme testemunhou a possível transformação que há em Jesus. O recomeço reservado para todos aqueles que nEle creem. A Igreja Batista da Lagoinha, desde o momento da conversão de Guilherme, abriu suas portas para ser, também, a sua casa. Guilherme pagou à Justiça o que ela lhe impôs, como cremos que deve acontecer, e nós, como Corpo de Cristo, nos posicionamos para sermos para ele e tantos outros já condenados por crimes diversos, aquilo que a Bíblia nos instrui: o lugar da nova chance que apenas Jesus pode dar ao que se arrepende. Guilherme demonstrou ser alguém empenhado em mudar e em viver de acordo com a nova vida que experimentamos em Cristo Jesus. Ele jamais deixou de ser lembrado pelo crime que cometeu, mas pôde, em seus últimos anos, caminhar de acordo com a vontade do Pai sobre a sua história: ‘Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’ (2 Coríntios 5:17)”, completa a igreja. 

Por fim, a Igreja Batista da Lagoinha enviou as “mais sinceras condolências à família de Guilherme de Pádua, que também faz parte da nossa”. “Lamentamos sua morte precoce, mas, em contrapartida, nos alegramos no Senhor pela convicção que há para os que creem em Jesus. A vida com Deus jamais tem fim. Uma eternidade está para além da morte. Que Deus possa confortar todos nós e aqueles que o amavam e se inspiravam nele para uma real reintegração social e um verdadeiro recomeço”, finaliza.

Relembre o crime

Na noite de 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado num matagal na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, perfurado por cerca de 18 punhaladas realizadas com uma tesoura que feriram seus pulmões e o coração.

A polícia chegou até De Pádua por causa de uma testemunha que teria visto o seu carro, com a chapa adulterada, na cena do crime, pouco antes de o corpo da atriz ter sido deixado ali. A Justiça concluiu que o ator e sua mulher armaram uma emboscada contra a vítima. Ambos foram condenados por homicídio qualificado a uma pena de 19 anos de prisão.

Há cinco anos, o ex-ator se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em sua cidade natal, Belo Horizonte. Guilherme de Pádua concedeu poucas entrevistas sobre o caso, mas seu nome sempre reaparece por aí, como quando criou um canal no YouTube para falar de sua conversão religiosa. Numa de suas últimas aparições públicas, em 2020, foi às ruas num protesto pró-Bolsonaro.

Extraído do Jorna O TEMPO

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