Um dos componentes mais presentes na vida moderna, o plástico – cuja matéria-prima é o petróleo – surgiu para substituir outros materiais que estavam se tornando escassos na natureza. De produto alternativo, logo se tornou indispensável para o desenvolvimento de vários segmentos. Sua trajetória evolutiva, no entanto, se deu ao longo de mais de um século: os primeiros estudos datam de 1839, com o processo da vulcanização da borracha, até chegar aos anos 1930-50, quando começou a polimerização do plástico.
Com diversas variedades, o plástico se viu no centro de uma grande evolução tecnológica. Do automotivo à saúde, do têxtil à alimentação, o que se viu foi a criação de inúmeras soluções em um curto espaço de tempo da história humana. Por outro lado, o plástico tem sido um grande vilão da vida moderna ao agredir de forma considerável o meio ambiente.
Um estudo da ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza) apresentado na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente em março de 2019, mostra que o Brasil é o quarto país que mais produz lixo plástico no mundo: são mais de 11 milhões de toneladas por ano. O país fica apenas atrás dos Estados Unidos, China e Índia. Também é um dos que menos recicla este tipo de lixo: apenas 1,2%, ou seja, pouco mais de 145 mil toneladas.
As embalagens plásticas, por exemplo, são amplamente utilizadas nos setores de alimento e têxtil. De uma ponta a outra de um supermercado, mais do que alimentos, o que se vê é uma infinidade de invólucros plásticos. O mesmo se pode dizer do setor têxtil: de roupas a enxoval, essas embalagens são onipresentes. “No setor de roupa íntima, são fundamentais para garantir a integridade do produto, pois são peças delicadas e pequenas. Não dá pra não utilizá-las”, explica Rosana Marques, diretora do Grupo Ouseuse, que abarca as empresas de moda íntima Ouseuse, Ouseuse for Men, Ouseuse Outlet e Oficina do Pijama, localizadas em Juruaia/MG.
Apesar de ser indispensável para as empresas do Grupo, Rosana começou a se questionar: o que fazer com o descarte dessas embalagens? O que fazer para diminuir o impacto ambiental? Com essas indagações, surgiu a ideia de um projeto voltado a dar um rumo diferenciado às embalagens plásticas das empresas. “O Embalagem do Bem é mais um projeto ambiental que criamos para ajudar a diminuir o meio ambiente e, ao mesmo tempo, conscientizar nossos clientes da importância de cuidar do nosso planeta”, diz Rosana.
Embalagem do Bem
Afinal, no que consiste o projeto? A diretora do Grupo Ouseuse explica. “Estamos convidando os nossos clientes do setor atacadista a ‘devolverem’ as embalagens dos produtos que eles já venderam. A cada cinco embalagens de plástico devolvidas ele terá um ponto. Quando ele tiver mil pontos, ele trocará por um brinde exclusivo. É muito fácil de participar e vale para todos os formatos de embalagens usados por nós”.
As embalagens devolvidas serão reaproveitadas pelas empresas do Grupo Ouseuse para embalar novos produtos da marca. “Foi uma forma bem simples que encontramos de dar uma destinação às embalagens e ajudar o meio ambiente. Temos certeza de que nossos clientes vão adorar a ideia. Lançamos agora, mas a intenção é que o projeto seja permanente”.
“Consciência ambiental é palavra de ordem no Grupo Ouseuse. Ao longo da última década, temos implantado ações que ajudam a diminuir o impacto ambiental. Entre tantas, podemos citar o Amiga Recicla, o Tapete de Retalhos, o uso de máquina de moldes econômica e a utilização de copos descartáveis de papel reciclado. Nossos colaboradores também são constantemente conscientizados sobre a importância do não desperdício e de reutilizar materiais. Acredito que, com ações simples, todos podem contribuir com o meio ambiente”, finaliza Rosana.
Fonte: Eliana Sonja – Sakey Comunicação