A partir desta sexta-feira (29/5), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) adota estratégia que objetiva mais celeridade e aproximação na reunião de dados sobre a covid-19 nos municípios mineiros.
O projeto envolve uma série de reuniões com todos os secretários municipais de Saúde das Macrorregiões Sanitárias, com foco na atualização regular dos dados locais.
A primeira reunião do ciclo foi realizada nesta sexta-feira, com gestores de Saúde das cidades do Vale do Aço. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva virtual, concedida pelo secretário adjunto da SES-MG, Marcelo Cabral, e pelo chefe de gabinete da pasta, João Pinho.
Também foi feita apresentação do cenário epidemiológico, que registra, em Minas Gerais, 9.232 casos confirmados da doença, dos quais 4.642 são relativos a pacientes em acompanhamento, e 4.333 classificados como recuperados. Há, também, 257 mortes confirmadas no estado.
Minas Consciente
Durante a coletiva, o secretário adjunto Marcelo Cabral ressaltou a necessidade e importância de os municípios aderirem ao plano Minas Consciente. “A intenção da SES-MG é de sensibilizar os prefeitos da região do Vale do Aço para a necessidade de manter o isolamento. Nosso objetivo é que não ocorra propagação descontrolada da covid-19”, apontou.
Cabral ainda destacou que o monitoramento de dados é um fator fundamental para controle da epidemia e lembrou a importância da atuação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes). “Desde janeiro, eles têm trabalhado diariamente no monitoramento da covid-19. Só por meio de dados seguros e transparentes, da promoção do isolamento social (adotado desde março, antes mesmo da ocorrência do primeiro caso), conseguimos chegar aos índices atuais”, analisou.
Testes
Marcelo Cabral também fez referência ao quantitativo de insumos para testes enviados ao estado pelo Ministério da Saúde. “Precisamos entender os números. Vejam que recebemos 160 mil itens de insumos necessários para realização de testes, o que inclui reagentes e swab [cotonete esterilizado]. No entanto, pelo menos três reações são utilizadas para cada exame de covid-19 realizado em um paciente. E isso porque três alvos de material genético do vírus são testados por pessoa.”
Segundo Cabral, um incremento no quantitativo de testes não vai levar a uma mudança da política da SES-MG para enfrentamento à epidemia. “Neste momento, estamos dando ênfase às medidas de distanciamento e isolamento para conter a pandemia”.
Esclarecimento
Cabral destaca que, além de testes, o monitoramento da covid-19 no estado tem sido realizado por meio de análises de dados estatísticos, ocupação de leitos e curvas de evolução, entre outros mecanismos de verificação. “Além disso, reiteramos que todos os óbitos suspeitos são testados”.
O secretário adjunto também informou sobre a prorrogação da vacinação contra a gripe, que vai até o dia 30 de junho. “Até o momento, a campanha atingiu 86,31% de cobertura vacinal de forma geral. A prorrogação do prazo para a vacinação é mais uma oportunidade para que as pessoas contempladas nos grupos prioritários possam receber a vacina contra a influenza nos serviços de Saúde”.
Minas
Consciente
O chefe de Gabinete da SES-MG, João Pinho, lembro que o plano Minas Consciente
tem objetivo de dar parâmetros para a população para o que vem sendo chamada de
nova normalidade. “Nós teremos convívio com o coronavírus. Portanto, precisamos
de ações coordenadas entre os municípios e seus vizinhos”.
Ele frisa que o plano estabelece protocolos sanitários baseados em
indicativos de infecção por covid-19, entre outros, e tem o objetivo de
proteger toda a sociedade. “Com medidas adequadas, nós podemos ter uma
redução na intensidade da propagação da doença”.
Pinho ainda lembrou que o plano é estruturado em ondas, que funcionam como
fases distintas, nas quais grupos podem retornar à atividade a partir de
parâmetros específicos. “Montamos uma sala de situação para monitorar
constantemente os dados, para avaliar as Regiões de Saúde e promover a tomada
de decisão”.
O secretário adjunto Marcelo Cabral adicionou que o Minas Consciente não deve
ser interpretado como uma liberação desordenada para que as pessoas possam ir
para as ruas. “Todos necessitamos do nosso ganha pão. Mas neste momento temos
que conciliar a necessidade de trabalho com a preservação da saúde e da
vida”, encerrou.
Crédito (fotos): Pedro Gontijo / Imprensa MG