Governo de Minas entrega Medalha JK em Diamantina

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Neste ano, 119 personalidades e instituições receberam a honraria, que é dividida nos graus ‘Grande Medalha’ e ‘Medalha de Honra

O governador em exercício Professor Mateus presidiu,  nesta terça-feira (12/9), em Diamantina, a solenidade de entrega da Medalha JK para 119 personalidades e instituições, entre elas parlamentares, representantes da sociedade civil, dos Poderes Executivo, Legislativo e do Judiciário. Na ocasião, o governador ressaltou a rica história do mineiro Juscelino Kubistchek.

“JK é uma síntese do que o mineiro se propõe a ser. Um homem de uma inteligência matreira que só o mineiro tem. Ele construiu, na base do exemplo, uma história que ficará marcada para sempre no país. Cada um de vocês que recebeu hoje a medalha responde, de alguma forma, a um chamado. E o exemplo de vocês vai servir de inspiração para outras pessoas”, disse o governador, que também destacou avanços que o Estado tem feito nesta gestão.

Exemplos

Duas agraciadas com a Grande Medalha tiveram o papel exemplar enfatizado por Professor Mateus: a estudante do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, Maria Júlia Neres Gonçalves (mais conhecida como Majú), e a professora de Ciências e Biologia da rede pública de Minas, Fani Rodrigues de Oliveira Patrocínio, do município de Dom Cavati, no Vale do Aço.

A trajetória da Majú, de 14 anos, até receber a Medalha começou em 2020, com uma carta escrita ao governador Romeu Zema sobre os 300 anos de Minas Gerais. A mensagem dela foi a vencedora dentre as escolas que fazem parte da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Araçuaí, ação promovida por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE) em comemoração aos três séculos de história do estado. 

“Maju é conhecida no governo não por conta das proezas dela de matemática, mas por conta de uma carta que ela enviou para o governador Romeu Zema, em 2020. Ela disse que queria conhece-lo para apresentar a importância da educação de qualidade”, explicou Professor Mateus.

Na última semana, Zema esteve em Itaobim e teve a oportunidade de, finalmente, conhecer a estudante que tanto o impressionou, depois de alguns encontros adiados em função da pandemia de covid-19.

“Ele havia me prometido que nos encontraríamos e que tomaríamos um café. Tudo aconteceu na minha cidade. Ele veio, cumpriu a promessa e me deu a notícia de que eu seria agraciada. Eu me sinto muito honrada. Foi um momento de muita emoção, de encher os olhos d’água. Foi algo fora do normal”, contou a estudante, que também já foi medalhista de ouro (2021) e de bronze (2022) na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).


Incentivo

A professora de Ciências e Biologia, Fani, com 22 anos de sala de aula, foi outro destaque, pelo trabalho extraclasse desenvolvido com os alunos. Em 2020, ela incentivou e conseguiu que oito alunos participassem da Olimpíada Nacional de Ciências. Como resultado, eles conseguiram uma menção honrosa no evento. Em 2021, com o retorno das aulas, a professora teve oportunidade de acompanhar e apoiar os alunos que disputaram novamente a competição. O grupo voltou ao Vale do Aço com uma medalha de bronze no peito.

No ano passado, com mais tempo de preparação, o desafio da vez foi a Olimpíada Brasileira de Astronomia. Os estudantes conquistaram duas medalhas de prata. Em seguida, na Mostra Brasileira de Foguetes, foram quatro medalhas de ouro garantidas. Por fim, em setembro de 2022, foram premiados na Olimpíada Nacional de Eficiência Energética 26 de seus 30 alunos participantes.

“Ela, que é conhecida como “professora de foguete”, já conseguiu que seus alunos participassem de inúmeras versões das olimpíadas e começasse a ganhar medalhas. O exemplo dela precisa contaminar cada uma das nossas escolas e famílias, no consenso de que o esforço será premiado. O mérito precisa continuar sendo reconhecido”, afirmou.

Atualmente, a professora é doutoranda em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Trilhas de Futuro – Educadores, projeto do governo estadual que oferece, gratuitamente, cursos de aperfeiçoamento, pós-graduação lato sensu e stricto sensu para servidores da Educação do Estado de Minas Gerais.

“A experiência que estou tendo no Trilhas é inexplicável. O doutorado estava um pouco distante por uma questão de oportunidade. Aí, surgiu o Trilhas. Eu sou muito grata ao Governo de Minas por essa possibilidade”, afirmou.

Professor Mateus finalizou explicando que a transformação a partir da educação não é rápida e que, talvez, não seja possível realizar as mudanças de 50 anos em cinco, em alusão ao lema de governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek . “Mas eu garanto que, com mais mulheres como elas, teremos condições de, daqui a 50 anos, continuar comemorando resultados excepcionais”, finalizou.

Medalha JK

A Medalha JK foi criada pela Lei nº 11.902, de 1995, sendo entregue pela primeira vez em 1996. A cerimônia é realizada anualmente no dia do aniversário do ex-presidente, nascido em 1902 (há 121 anos).

A honraria é dividida nos graus “Grande Medalha” e “Medalha de Honra”. São agraciadas personalidades e instituições do cenário político, econômico, social e cultural de Minas e do país que contribuem para o desenvolvimento do estado.

Neste ano, o orador oficial da cerimônia foi o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual Tadeu Martins Leite. O prefeito de Diamantina, Juscelino Roque, que enfatizou a importância histórica de JK na cerimônia e elogiou o trabalho desta gestão, também participou da solenidade.

Foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG

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