Trabalho conjunto pela retomada da normalidade foi destaque. Cerimônia homenageou 170 pessoas e instituições que colaboraram pelo desenvolvimento de Minas
O
governador Romeu Zema participou, nesta quinta-feira (21/4), da cerimônia do
Dia da Inconfidência Mineira, realizada em Ouro Preto, na região Central de
Minas, e destacou a atuação dos profissionais de saúde, a importância da
ciência e da vacina e a superação da pandemia para a retomada da normalidade.
Nos últimos dois anos o evento não foi realizado devido às medidas de prevenção
à covid-19.
“Somente o fato de estarmos aqui reunidos novamente
mostra o quão perto estamos de superar definitivamente o enorme desafio que foi
a pandemia. Enfrentamos números de guerra nos últimos dois anos. Em Minas,
perdemos 61 mil pessoas para essa terrível doença. Número assustador, que
reverbera na saudade que cada família carregará para sempre. Mas número que
seria imensamente maior não fosse um pacto coletivo. A ciência, apoiada pelo
comportamento previdente do mineiro, permitiu que as restrições iniciais
pudessem ser gradualmente ultrapassadas”, afirmou o governador.
O trabalho em conjunto visando o bem-estar da
população também foi ressaltado pelo governador em seu discurso. Em nome de todos os profissionais de saúde que
trabalharam e enfrentaram com muita força este período tão conturbado da
sociedade, Zema destacou a técnica em enfermagem Maria Bom Sucesso Pereira,
conhecida como Cecé, que atuou na linha de frente no combate à pandemia desde o
início e foi a primeira pessoa vacinada em Minas Gerais. Ela foi agraciada com
a Grande Medalha.
“A motivação final comum de salvar vidas permite
e promove o diálogo. Foi assim que aqui em Minas enfrentamos a Covid-19. Por
isso, agradeço a todos que atuaram nessa batalha, que se sacrificaram. Agradeço
especialmente aos profissionais de saúde que se desdobraram em escalas
extenuantes para garantir que todos os pacientes tivessem atendimento e chance
de sobreviver. Por isso, a homenagem mais simbólica dessa cerimônia é a Grande
Medalha para a técnica em enfermagem Maria Bom Sucesso Pereira, a Cecé. Ela não
só representa a luta dos profissionais de saúde, mas o início da vacinação
contra a Covid-19, ao ser a primeira mineira a ser imunizada. Sua imagem será
eternamente relacionada à nossa esperança”, disse o governador.
Liberdade
Ainda em seu discurso, Zema frisou que nos
momentos em que a humanidade se recupera de crises, como este da pandemia, há
dois pontos essenciais que as pessoas anseiam em retomar plenamente: paz e
liberdade. E, segundo o governador, a liberdade não se alcança somente quando
se pode ir e vir ou manifestar a sua opinião, mas também se dá a partir da
garantia dos direitos básicos aos cidadãos e este tem sido o principal trabalho
realizado pelo seu governo.
“Não há liberdade plena para quem passa fome ou
não consegue um emprego, para quem não tem condições dignas de ensino, para
quem ao ficar doente não tem onde se tratar. Que liberdade tem um funcionário
que após trabalhar o mês inteiro, o ano inteiro, não sabe quando vai receber
salário e décimo terceiro? Desde o meu primeiro dia como governador, o meu
maior esforço tem sido garantir liberdade da forma mais ampla e irrestrita para
os mineiros, em todos os aspectos possíveis em que essa palavra se encaixa.
Garantir que todos tenham os seus direitos básicos preservados para que o seu
destino seja determinado cada vez mais por suas escolhas”, reforçou.
Romeu Zema finalizou o discurso dizendo que o
maior objetivo é que Minas retome o caminho do progresso.
“Fizemos e estamos fazendo os maiores
investimentos em Saúde e Educação de todos os tempos neste Estado. Geramos mais
de 200 mil empregos. Hoje, o servidor de Minas sabe que seu direito sagrado a
um salário digno está preservado. Por tudo isso, tenho a segurança de que hoje
os mineiros são mais livres do que eram no dia 1° de janeiro de 2019 quando
tomei posse, em meio à manifestação de prefeitos que pediam o cumprimento do
direito básico de receber verbas constitucionais. Agora mantenho o trabalho de
governar para que essa liberdade alcançada não seja uma entrega do meu governo,
mas um legado perene no futuro de Minas. Para que nosso Estado caminhe de agora
em diante somente numa direção, rumo ao progresso”, finalizou.
A Medalha
Neste ano, a maior honraria concedida pelo
Estado de Minas Gerais, além dos indicados em 2022, contemplou os agraciados em
2020 – quando o evento não foi realizado devido à pandemia. Em 2021, não houve
indicados. Ao todo, foram 170 homenageados.
A Medalha da Inconfidência foi criada em 1952
pelo governador Juscelino Kubitscheck e possui quatro designações: Grande
Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. Elas são
entregues a personalidades e instituições que contribuíram para o
desenvolvimento de Minas Gerais. Além disso, tradicionalmente, no dia 21 de
abril a capital do estado é transferida simbolicamente para Ouro Preto.
O Grande Colar foi concedido ao senador mineiro
e presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. O parlamentar não pode
comparecer ao evento devido a compromissos de agenda. O governador Romeu Zema
destacou o papel do senador mineiro na busca pela paz e pelos interesses de
Minas.
“Estamos bem representados pelo presidente do
Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, como o homenageado com o Grande Colar da
Medalha da Inconfidência. Ele não pôde participar dessa homenagem
presencialmente, mas fica registrado o nosso agradecimento à sua atuação. Um
chefe de poder que coloca os interesses dos mineiros e brasileiros acima dos
seus interesses pessoais e políticos é o modelo de chefe de poder que todos os
demais devem se espelhar. Nas ruas de Ouro Preto surgiu o iluminismo no Brasil.
Aqui é o embrião no país da concepção dos valores liberais de liberdade e
igualdade. Que a memória dos Inconfidentes permaneça eternamente viva na
preservação e avanços desses direitos inalienáveis”.