Serão criadas, no próximo ano, 16 mil novas vagas para a educação integral e profissional no estado, com investimentos de R$ 151 milhões
O governador Romeu Zema e a secretária de Educação Julia
Sant’Anna apresentaram nesta quinta-feira (21/11), no Palácio da Liberdade, o
novo modelo do Ensino Médio Integral e Ensino Médio Integral Profissional em
Minas Gerais para cerca de 220 alunos da rede estadual de ensino. Os estudantes
do 9º ano do ensino fundamental tiveram a oportunidade de discutir sobre
mercado de trabalho e o papel da educação integral na vida dos jovens, por meio
do seminário “Construindo seu Futuro – Itinerários do Ensino Médio Integral em
Minas Gerais”.
Em outubro deste ano, o Governo de Minas anunciou a criação de 16 mil novas vagas, a
partir do próximo ano, para a educação integral e profissional no estado,
alcançando 281 escolas de todas as regiões mineiras. Ao todo, serão investidos
R$ 151 milhões em equipamentos, obras, alimentação e folha de pessoal.
No seminário, o governador Romeu Zema destacou o esforço de sua gestão
para priorizar o investimento na educação, além da oportunidade de aprendizado
que os jovens terão a partir do ano que vem.
“Existem muitas oportunidades de trabalho. O que precisamos é formar
pessoas capacitadas. Hoje, vejo empresas querendo contratar e não encontrando
profissional. E vejo pessoas querendo trabalhar e não possuindo as capacidades
de que a empresa ou o prestador de serviço precisa. Então, vocês estão no
momento certo, no momento de se qualificarem. Não percam essa janela única na vida
que vocês estão tendo”, disse.
Zema ainda reforçou a importância do conhecimento na formação de bons
profissionais. “Quem investe em conhecimento, nunca vai perder o que adquiriu,
vai usar para sempre. Então, eu falo que não tem ativo melhor que esse. A
Escola Integral vai ao encontro disso. Quem fizer bem a Escola Integral, tenho
certeza, vai estar capacitado para poder ocupar várias posições que estão
abertas por falta de pessoas qualificadas”, finalizou.
Esforço
A secretária de Estado de Educação, Julia Sant’Anna, destacou o esforço do
governo para melhorar a gestão da educação no Estado, construindo projetos que
visam melhorar os índices e a qualificação dos jovens.
“Desejamos para Minas um ensino médio moderno, interessante, colorido e
com muito conteúdo e, principalmente, liberdade de escolha, que dialogue de
maneira muito próxima com o mercado de trabalho. Assumimos um Estado quebrado,
sem sonhos, em que as escolas sequer estavam recebendo recursos de merenda.
Onze meses depois, estabelecemos a dignidade do funcionamento da nossa rede e,
ainda, conseguimos viabilizar R$ 151 milhões para iniciar uma expressiva
expansão do tempo integral de ensino médio, etapa fundamental para o futuro dos
jovens, com uma metodologia de atenção à sua formação como protagonista da sua
vida”, afirmou.
Julia ainda ressaltou a oportunidade de profissionalizar os jovens e apostar no
empreendedorismo. “Com muito esforço das equipes e dos parceiros, e pela
primeira vez no Brasil, associamos a essa inovadora forma de ensinar e de
aprender, a educação profissional. A partir da identificação dos setores
produtivos do nosso estado, estamos reformulando toda a educação profissional
inspirados em matrizes curriculares dos melhores cursos do país”, disse.
Segundo a secretária, as inscrições para os cursos profissionalizantes e a
escola de tempo integral serão iniciadas no próximo dia 28 de novembro.
Números
Atualmente, o ensino médio integral atende cerca de 12 mil alunos de 78 escolas
que integram o programa. Com a ampliação, a rede estadual contará, em 2020, com
aproximadamente 28 mil estudantes do ensino médio na educação integral, em 281
escolas, contemplando todas as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SRE).
Em 43 escolas, o ensino médio será integrado à educação profissional. Para a
definição das escolas, foram priorizadas unidades de ensino com maior
vulnerabilidade e municípios sem oferta da educação integral para estudantes do
ensino médio.
A oferta de cursos foi determinada pela demanda de empregabilidade regional. Ao
todo, são 18 opções de cursos técnicos: Açúcar e Álcool, Agronegócio,
Agropecuária, Alimentos, Análises Químicas, Celulose e Papel, Desenvolvimento
Cultural Regional, Desenvolvimento de Sistemas, Eletroeletrônica,
Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica, Informática, Logística, Mecânica,
Química, Segurança do Trabalho e Transações Imobiliárias.
Para que a oferta dos cursos técnicos atendesse às necessidades das diferentes
regiões, foram realizados estudos abrangendo as 12 mesorregiões do estado,
conforme divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também foram utilizadas informações do mercado de trabalho formal na tentativa
de captar as tendências do emprego no nível local.
O estudo foi resultado de uma parceria entre as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Desenvolvimento
Econômico (Sede) e de Educação (SEE). Partindo desse esforço, foi possível
identificar ocupações que apresentam maior potencial de contratação e, a partir
delas, direcionar a oferta dos cursos. O alinhamento às necessidades e
dinâmicas de contratação dos setores empregadores contrbuirá,
inclusive, para a empregabilidade e inserção dos jovens no mundo do
trabalho.Crédito (foto): Pedro Gontijo / Imprensa MG