Bailarina criou coreografia com apoio da mãe, nos intervalos do home office
Aos 8 anos, a russa Anna Pavlova, a primeira bailarina de quem se tem registro oficial, decidiu dedicar-se à dança e, a partir de então, encantou e entrou para a história. Mozart, famoso compositor e pianista austríaco, escreveu sua primeira sinfonia um pouco mais velho, aos 9 anos de idade. Desde então, cativou e fascinou a humanidade.
Aos 11 anos, também criança, a mineira Sophia Heringer juntou o talento de Mozart e o sonho de Pavlova para criar sua primeira coreografia. Surpreendeu e conquistou o mundo.
Sophia é bailarina, filha da servidora Juliana Heringer, da Central de Perícias Médicas (Cemed), do Fórum Lafayette, na capital. Ela ganhou fama internacional ao vencer o concurso Dance-Off, promovido pela Royal Academy of Dance de Londres, no início de abril.
A própria menina criou a coreografia e escolheu uma música especial, composta pelo gênio Mozart, para acompanhar os seus passos de dança durante sua apresentação.
A mãe recebeu a notícia da conquista quando estava cumprindo um dos seus primeiros plantões pós-confinamento, consequência da determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para a prevenção contra a covid-19.
Sozinha, dentro de sua sala no fórum, a servidora não teve ninguém para abraçar e compartilhar a emoção.
Respirou fundo e só então conseguiu fazer uma ligação. “Contei a novidade ao meu marido, depois para a professora de dança da Sophia”, disse. E foi a professora que revelou o resultado do concurso para a bailarina.
“Estou com taquicardia”, disse a menina ao saber da premiação. “Fiquei famosa no mundo inteiro”, falou ao ver a repercussão na imprensa. “Ela deu entrevistas para toda a imprensa e, hoje, tem mais de 50 reportagens mostrando a vitória e falando dela na Itália, na Espanha, na Inglaterra e em outros países”, comemora Juliana.
Home office
A rotina da criança sempre foi intensa, com muita dedicação e persistência. Ela dança desde os 2 anos de idade, frequenta as aulas de balé todos os dias da semana e, em períodos de competição, treina aos sábados também.
“Nesse tempo de isolamento social, ela gostou da fase de relaxamento nos treinos, mas logo já estava sentindo falta da rotina. Tivemos que transformar a sala de estar em estúdio de balé. Retiramos o tapete, a mesa retangular, instalamos uma barra fixa no cômodo e também um piso especial para ela treinar em casa”, disse.
Tudo isso só foi possível porque a servidora do Judiciário encaixava uma atenção maior à filha durante um intervalo e outro das atividades do home office.
Como todos os trabalhadores no Brasil e no mundo, ela precisou reorganizar a rotina para dar conta das funções como coordenadora do setor e, agora, mãe presente em tempo integral.
“Na rotina normal, eu não tinha tempo para nada, trabalhava demais. Agora, entre a juntada de laudos, pedidos de perícia, tramitação de processos e manifestações das partes e análises de processos via PJe, eu ajudo minha bailarina com algo”, conta sorrindo.
Foi a mãe que gravou os treinos da coreografia e o vídeo oficial com o qual a menina participou da competição mundial. A disputa foi criada para estimular os bailarinos a continuar dançando nesse período de confinamento e atraiu amadores e profissionais de vários países.
Como prêmio, Sophia ganhou uma mentoria online e um par de sapatilhas assinado pela primeira bailarina do Birmingham Royal Ballet, Céline Gittens, considerada um dos nomes mais importantes do balé na Inglaterra. “Estou com tanto amor no coração”, se emociona a mãe servidora.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom – TJMG – Unidade Fórum Lafayette – (31) 99954-7148 – (telefone de plantão) – ascomfor@tjmg.jus.br – facebook.com/TJMGoficial/ – twitter.com/tjmgoficial – flickr.com/tjmg_oficial