Feira de artesanato marca Justiça pela Paz em Casa no Fórum de BH

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Painéis educativos e informativos também ajudam na conscientização sobre o tema 

Magistrados, servidores e estagiários dos Juvids de BH prestigiam a feira de artesanato no Fórum Lafayette ( Crédito : Carolina Garrido/TJMG )

No Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a 21ª edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, realizada de 16 a 19/8 em todo o país, está focando na importância do trabalho para mulheres que vivenciam ou vivenciaram a violência doméstica e na divulgação de informações educativas sobre o combate da violência contra a mulher.

Um grupo de mulheres que fizeram do trabalho um dos instrumentos para melhoria da autoestima e da situação financeira está participando de uma feira, no saguão do fórum, com produtos artesanais confeccionados por elas. No mesmo local, foram instalados painéis educativos e informativos contendo mensagens sobre a violência doméstica.

A desembargadora Evangelina Castilho Duarte, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para o biênio 2022-2024, destaca a importância do trabalho. “O trabalho dignifica, recupera, melhora a autoestima, gera renda, sustento e independência”.

Alba Cutrim é uma das expositoras da feira de artesanato no Fórum Lafayette ( Crédito : Carolina Garrido/TJMG )

Alba Cutrim é uma das expositoras. Ela trabalhou como professora de culinária de uma padaria escola. Mas o nascimento de um filho a levou de volta para casa e junto começaram os atos de violência psicológica contra ela e de violência física contra os filhos. Ela tentou com que o marido saísse da casa, mas ele não aceitou. A solução foi sair de casa levando os filhos.

Foi na rotina de tratamento e consultas do filho autista que a costura de panos de pratos, toalhas e bonecas entrou na vida de Alba. A venda dos produtos é feita pela internet, em casa e em algumas feiras. “O que falta é oportunidade de bons locais para venda”, conta ela.

Patrícia Silva customiza chinelo de borracha e arcos de cabelo com miçangas e lantejoulas e produz cachecóis e peças de crochê. Após o fim de um relacionamento conturbado, marcado pela violência, viu no artesanato uma oportunidade financeira e de ter uma atividade que funcionasse como uma “terapia”. “O artesanato me acalma, me relaxa”, afirma.

“Quando sento na máquina, esqueço de tudo”, conta Adriana Mara. Ela também vivenciou situações de violência doméstica no casamento e conseguiu se libertar do ex-companheiro opressor e violento. Ela produz e vende bolsas de tecido, necessaire, aventais e sacolas ecológicas. “O artesanato é uma terapia para mim”, conta.

Os juízes Marcelo de Paula Gonçalves, Roberta Chaves Soares e José Romualdo Duarte Mendes que atuam nos Juvids de BH ( Crédito : Carolina Garrido/TJMG )

“Muitas mulheres que sofrem violência doméstica possuem mais dificuldade para romper o ciclo de violência quando dependem economicamente dos companheiros. O trabalho, além de dar dignidade, consegue dar mais independência para a mulher romper este ciclo”, explica a juíza Roberta Chaves Soares, do 4º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Juvid) do Fórum Lafayette.

Sempre que percebe a necessidade de vítimas em relação a qualificação profissional, a juíza busca encaminhar vítimas de violência doméstica para entidades que ministram cursos diversos, como cuidador de idoso, manicure, estética facial, maquiagem, entre outros.

Fonte: Diretoria de Comunicação Institucional – Dircom TJMG — Unidade Fórum Lafayette (31) 3330-2800






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