Equipamento eletrônico e dois passaportes foram apreendidos em cumprimento de mandado de busca; alvo de mandado de prisão não foi localizado.
A Polícia Federal cumpriu em Poços de Caldas (MG) nesta terça-feira (14) um mandado de busca e apreensão dentro da 6ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Um equipamento eletrônico e dois passaportes foram apreendidos. Um mandado de prisão também seria cumprido, mas o alvo não foi localizado.
A TV Globo apurou que o alvo da operação em Poços de Caldas é o ex-candidato a deputado federal Alexandre Augusto Souza Carmo (PSC). A Polícia Federal foi atrás dele em endereços em Poços de Caldas e Andradas, mas ele não foi encontrado. A Polícia Federal não disse qual seria a participação dele nos atos.
Em outubro do ano passado, Alexandre foi filmado com uma arma de brinquedo em mãos como provocação a militantes de esquerda que promoviam uma caminhada na cidade. Ele também aparece em um vídeo gravado por um bolsonarista de Caldas (MG), que mostrou o trajeto de uma caravana que saiu de Poços de Caldas e foi para Brasília dias antes dos ataques de 8 de janeiro.
O g1 tenta contato com a defesa do ex-candidato.
Seis moradores de Poços de Caldas seguem presos em Brasília, após terem suas prisões convertidas em preventivas e outras duas pessoas respondem ao processo em liberdade.
Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14) uma nova operação contra os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A operação desta terça tenta cumprir oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Os alvos estão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo.
Em Minas Gerais, um professor e candidato derrotado à prefeitura de Ouro Preto foi preso no interior do estado. Também foi preso um outro alvo, não identificado, encontrado na região de Uberlândia.
A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente, e os suspeitos de participação e financiamento são investigados por seis crimes:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, porém, só deve ser feita ao fim das investigações, quando houver denúncia formal à Justiça pelo Ministério Público.
Extraído do g1 Sul de Minas EPTV