Por Fabio BISPO, um cronista atravessando margens
Enquanto poderosos do mundo ainda insistem em levantar MUROS, tijolo sobre tijolo, separando gente, ergueram aqui perto uma PONTE.
Não é qualquer ponte: é a da Amizade. E, cá pra nós, poucas palavras têm tanto peso e beleza juntas.
Em Milagre, nome que já parece escolhido pelo destino, ligaram Monte Santo de Minas a Mococa com concreto, ferro e, sobretudo, boa vontade.
Não é só engenharia: é poesia sobre o rio. Cada caminhão de café que atravessa, cada bicicleta de menino, cada abraço que passa de um lado pro outro, é um desmentido na cara dos que acreditam que fronteira serve pra dividir.
O povo da roça sabe: ponte é coisa séria.
É escoar o leite sem perder tempo, é poder visitar o parente do outro lado sem medo da travessia, é diminuir a distância.
Ponte não é luxo, é vida correndo mais fácil. É progresso que não chega com discurso, mas com chão firme debaixo dos pés.
Que essa ponte de Milagre sirva de exemplo para o mundo: quando se constrói pontes, não se mede só em metros e vigas, mede-se em confiança, em vizinhança e em futuro.
Porque muro é medo. Ponte é coragem.
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Ponte da Amizade
