Comissão Extraordinária das Privatizações vai abordar assunto nesta quarta-feira (8), às 14 horas, no Plenarinho I.
A Comissão Extraordinária das Privatizações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar, nesta quarta-feira (8/6/22), às 14 horas, no Auditório José Alencar, uma audiência pública para debater a atual situação das empresas estatais brasileiras no que tange à desestatização.
A reunião, que vai contar com a participação do secretário da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, terá como foco uma análise comparativa do universo das empresas privatizadas e os efeitos decorrentes da privatização, bem como as organizações que não foram objeto de privatização.
A audiência foi solicitada pelos deputados Guilherme da Cunha (Novo) e Coronel Sandro (PL), respectivamente relator e presidente da comissão. Também foram chamados para a reunião integrantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Para economista, é preciso mostrar vantagens da desestatização
A comissão tem se dedicado a audiências para tratar desse assunto. Em abril de 2022, em uma dessas reuniões, recebeu de forma remota a diretora de Desestatização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a economista Elena Landau, que abordou o processo de privatização ocorrido na década de 1990 no Brasil e suas lições para o presente.
Ela enfatizou que é preciso mostrar vantagens da desestatização. Em sua opinião, às hesitações ideológicas ou motivadas pelo desconhecimento do processo e de seus benefícios, somam-se resistências de quem tem interesses em nomeações políticas para estatais, dos funcionários e dos fornecedores dessas empresas, em decorrência das incertezas sobre o que esperar dos novos controladores e do futuro dos contratos vigentes.
Elena Landau citou ainda as privatizações de distribuidoras de energia e da Gerasul, subsidiária da Eletrobras no Sul do País, no governo FHC. Comprada pela belga Tractebel, a pequena subsidiária chegou a valer o dobro do que a empresa holding, a Eletrobras.