Descubra como fazer controle biológico com drones nos cafezais

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Desenvolvida com produtos à base de substâncias de ocorrência natural, tecnologia reduz o uso de defensivos químicos, por exemplo

Por Redação

O controle biológico com drones é uma estratégia para prevenir, reduzir e até mesmo erradicar pragas e doenças. Antes de mais nada, esse combate é feito com o uso de produtos à base de substâncias de ocorrência natural. Assim, atua para reduzir a utilização de produtos de maior toxicidade, como os defensivos químicos.

Dessa forma, a empresa Vittia, parceira da Cooxupé, desenvolve um trabalho inovador. Ou seja, de controle biológico do bicho mineiro através da soltura, via drone, de ovos de crisopídeos. Que é um inimigo natural do bicho mineiro.

Nesse sentido, a cooperativa preparou um vídeo para explicar aos produtores como fazer o controle biológico com drones nos cafezais.

Controle biológico com drones

Em primeiro lugar, neste caso, o produto utilizado é o Criso-Vit, que é o crisopídeo ou Chrysoperla externa. Isto é, um inseto reconhecido como agente de controle biológico, por ser eficaz no controle de diferentes pragas.

De acordo com Fernanda Dantas, do departamento de Desenvolvimento de Mercado da Vittia, é um predador que vai auxiliar no controle do bicho mineiro do café, por exemplo.

“Ele vai entrar junto do manejo inteiro do produtor. Assim como o produto químico e o microbiológico, o macrobiológico vem para complementar. Portanto, é um predador que vai se alimentar de todas as fases imaturas do bicho mineiro do café: ovo, larva e pupa”, explica.

Ciclo do predador

A princípio, Fernanda explica que o drone libera o ovo do crisopídeo na área que vai receber o controle biológico.

“Logo após essa fase de ovo, tem a fase de larva, que já vai se alimentar do bicho mineiro do café. Assim também como dos outros alvos que tem em bula. A gente tem a vantagem do inseto ir atrás da presa”, detalha.

Ainda segundo a especialista, não existe nenhuma tecnologia de aplicação que vá atras do seu alvo.

“Então, no caso deste controle biológico, o predador vai atrás porque precisa daquele alimento para concluir seu ciclo. O inseto consegue consumir a larva do bicho mineiro e, logo após, já vai em busca de outra larva. Essa é a vantagem de ter um predador na sua área, por ir atrás do seu alvo”, comenta.

Diminuição da praga

Ademais, Fernanda conta que, atualmente, já existe a capacidade de liberar crisopídeo até em eucalipto. “Sendo assim, se o inseto consegue subir uma floresta, então em um pé de café, de soja ou de milho a gente também vai ter um êxito muito bom com o crisopídeo”, orienta.

Por outro lado, a especialista informa que, usando todo o manejo químico, microbiológico e macrobiológico, é possível controlar 80% do bicho mineiro. Isso fazendo todo o tratamento de três liberações com dois mil indivíduos, que é o posicionamento da Vittia. Em suma, a dosagem é de dois mil indivíduos por hectare em cada liberação.

“Hoje, com a inundação deste predador, a gente consegue ter uma diminuição do bicho mineiro de até 80% na área na área cafeeira”, ressalta Fernanda.

Sustentabilidade

Para a cooperada Ana Carolina Columbeli, de Pirangi/SP, o uso do crisopídeo é, acima de tudo, uma solução sustentável para as lavouras de café.

“Nós estamos localizados no Noroeste paulista. Por ser uma região de altitude muito baixa e um clima bem quente, chegando a temperaturas de 42ºC, a nossa pressão de bicho mineiro é muito intensa. Então, vejo o crisopídeo como uma solução para diminuir o bicho mineiro. E também penso muito em relação à sustentabilidade, pois agrega um valor na questão de preservação ambiental”, resume.

Em seguida, saiba mais sobre controle biológico com drones nos cafezais no vídeo do Cooxupé em Foco.

Extraído do hub do café

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