Advogada da empresa e ex-gerente de compras serão interrogados sobre contratações diretas feitas pela estatal.
Dando sequência aos interrogatórios de funcionários da Cemig, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis práticas de ilegalidade na gestão da companhia realiza mais uma audiência, desta vez para colher dois depoimentos. A reunião será nesta segunda-feira (23/8/21), às 14 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a requerimento dos deputados Professor Cleiton (PSB) e Sávio Souza Cruz (MDB).
A advogada da Cemig Cláudia Campos Faria prestará depoimento perante a comissão, na condição de investigada, para esclarecer as contratações diretas de empresas de headhunters, especializadas na seleção de executivos no mercado. Já Leandro Corrêa de Castro, ex-gerente de Compras de Materiais e Serviços da Cemig, falará na condição de testemunha, para esclarecer contratações diretas realizadas pela empresa no período investigado, que começa em 2019.
Histórico – Nesta semana, a CPI ouviu três servidores da Cemig. A superintendente de Auditoria Interna, Débora Lage Martins, relatou a existência de contratos dispensados de licitação que não estão em conformidade com as normas internas da estatal. Foram encontrados, por exemplo, contratos sem embasamento satisfatório sobre preço; processos sem parecer específico da gerência técnica demandante; e contrato firmado depois da execução do serviço.
O contrato entre a Cemig e a empresa de recursos humanos Exec para seleção do diretor-presidente da companhia, que assumiu em janeiro de 2020, foi o tema central do depoimento do gerente de Provimento e Desenvolvimento de Pessoal da Cemig, Rômulo Provetti. O contrato teria sido assinado, com dispensa de licitação, após a posse do presidente.
Já o diretor-adjunto de Gestão de Pessoas da empresa, Hudson Felix Almeida, o terceiro interrogado da semana, admitiu ter feito a convalidação do contrato com a Exec. Esse instrumento ratifica processos administrativos com erros, o que foi duramente criticado pelos parlamentares da CPI da Cemig.