A partir desta quarta-feira (12), os Correios comercializam a emissão filatélica postal Especial Moedas Brasileiras. O tema representa o esforço do trabalho, as conquistas e os sonhos de um povo tendo como base o conceito da palavra “moeda”.
Nesse contexto, existem dois significados para o termo. Ela pode significar peças geralmente redondas e metálicas, emitidas com autorização legal, que possuem inscrições, desenhos e um valor facial cunhado. De outro lado, empregamos a palavra moeda para significar o padrão monetário, ou seja, o nome do dinheiro usado em um país ou determinada época.
Desde a antiguidade, governos confrontam-se com a inflação. O aumento do custo de vida, a perda do poder aquisitivo dos salários e a desvalorização do dinheiro foram sempre questões a serem resolvidas. Diversas medidas podem ser adotadas para combater a inflação. Entre elas estão as reformas monetárias, que alteram os padrões utilizados, o “dinheiro”, com a finalidade de converter valores e criar uma transição entre o velho e o novo. As mudanças de padrão monetário possuem sobretudo uma função simbólica. O “novo” dinheiro procura sempre credibilidade, sem a qual nenhuma política econômica é capaz de legitimar-se e obter o apoio necessário junto à população para os resultados pretendidos.
Ao longo de sua história, o Brasil já teve 9 padrões monetários diferentes. Por 300 anos, durante a Colônia e o Império, surgiram diversas reformas, mas a moeda continuou com o mesmo nome: real, unidade monetária portuguesa criada em 1430, mais conhecido por sua forma plural réis. Após a criação do cruzeiro, em 1942, houve um recrudescimento do ciclo inflacionário e, num intervalo de 30 anos, houve sete mudanças no padrão monetário brasileiro: cruzeiro novo (1967), cruzeiro (1970), cruzado (1986), cruzado novo (1989), cruzeiro (1990), cruzeiro real (1993) e, finalmente, o real (1994).
Desde 1500, já circularam no Brasil mais de 700 tipos de moedas metálicas. Por isso, esta série é uma síntese dos padrões monetários brasileiros. As peças retratadas mostram que, além do seu uso prático como meio de pagamento, moedas destacam-se pela variedade e beleza. Assim como os selos postais, elas expressam o patrimônio cultural do país e fazem parte dele, a evocar lembranças do passado e a desempenhar uma função educacional e integradora, sendo, ao mesmo tempo, produto da história e testemunha dela.
Sobre o selo – O novo conjunto de selos apresenta-se como uma amostra de diferentes padrões monetários brasileiros, por meio da seleção de uma moeda metálica representativa de cada padrão.
A folha de selos, criada pelo artista José Carlos Braga, reproduz nove moedas emblemáticas dos padrões monetários que fizeram/fazem parte da história do Brasil e da vida de milhões de brasileiros. Os selos retratam as duas faces das seguintes moedas: 100 Réis, de 1871; Cruzeiro, de 1942; Cruzeiro Novo, de 1967; Cruzeiro, de 1970; Cruzado, de 1986; Cruzado Novo, de 1989; Cruzeiro, de 1990; Cruzeiro Real, de 1993; e Real, de 1994. As moedas e o título são elaborados com relevo em película metálica prata e dourada, refletindo as características das peças em miniatura. O picote redondo procura reproduzir no selo formas similares às dos objetos retratados. Em segundo plano, no lado esquerdo do canto inferior, temos a representação de um porta-níquel, objeto tradicionalmente utilizado para o armazenamento de moedas no dia a dia. A folha de selos possui o fundo simulando um tecido jeans e os selos se localizam sobre a figura de um bolso, com suas costuras, texturas e detalhes, assim como rebites de reforço. A técnica utilizada foi computação gráfica.
Com tiragem de 135 mil selos, a emissão já está disponível na loja virtual e nas principais agências do país.
Fonte: MG – Correios – Imprensa – Caixa Postal imprensamg@correios.com.br