Vacina chinesa contra o coronavírus chega ao Brasil; testes começam nesta segunda
Material chegou ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e será armazenado no Instituto Butantan, em São Paulo
Na madrugada desta segunda-feira, o Brasil recebeu vacinas para testagem contra o novo coronavírus produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. O material, que teve última partida de Frankfurt, na Alemanha, chegou em território nacional depois de 11 horas de viagem, por volta das 4h20 desta segunda, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo.
O material para testagem seguirá para o Instituto Butantan, em São Paulo, que conduzirá o estudo. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) já autorizou o início dessa fase de testes clínicos com a vacina, que devem acontecer por três meses.
Nesta fase, a terceira do estudo, o Conep busca comprovar a segurança e a eficácia da vacina contra a COVID-19. Serão testados nove mil voluntários recrutados para participar da experiência. A inscrição dos interessados foi feita por aplicativo, lançado na última segunda-feira. Os testes começam nesta segunda-feira.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, à frente do estudo com a “Coronavac”, disse que a vacina é considerada uma das mais promissoras do mundo e que está otimista para disponibilizar o imunizante no Brasil no fim deste ano ou no início de 2021. Segundo ele, nos estudos preliminares, mais de 90% dos participantes desenvolveram anticorpos desejados.
Participantes
Os testes serão realizados em voluntários de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Os participantes não podem ter sido infectados pelo vírus nem devem participar de outros estudos. Mulheres não podem estar grávidas ou planejar gravidez por três meses.
As pesquisas começarão na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e, após autorização, serão realizadas também na Universidade de Brasília (UnB); no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais; no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Teste parecido é feito com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Inglaterra), em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Fonte: O Estado de Minas