Cooxupé anuncia balanço 2022 e distribui mais de R$ 56 milhões a cooperados

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Cooperativa cafeeira com sede em Minas Gerais destaca resultados positivos, mesmo em ano desafiador, para o setor com recorde em investimentos 

Unidade de armazenamento de café da Cooxupé, no Complexpo Japy

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, hoje com mais de 18 mil produtores associados, fará o repasse de mais de R$ 56 milhões para seus cooperados. A distribuição vem das sobras do balanço de 2022, que também aponta resultados na ordem de R$ 277,3 milhões e faturamento de R$ 10,1 bilhões conquistados no ano passado. Os números foram apresentados no dia 31 de março de 2023, em assembleia geral ordinária realizada na sede da Cooxupé, em Guaxupé, Sul de Minas Gerais. 
 

Os investimentos realizados em 2022 também são destaques do balanço. Foram R$ 113,2 milhões investidos no patrimônio dos cooperados, com a abertura de núcleo em Manhuaçu, reformas e ampliações nos núcleos de Monte Santo de Minas e São Pedro da União e, também no Complexo Japy, além da inauguração da nova sede da SMC Specialty Coffees. Este valor investido é o maior da história da cooperativa. 
 

O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, destacou os resultados como excelentes, após pontuar os principais desafios ocorridos no ano passado, especialmente nos embarques por conta de questões logísticas, da quebra de safra, de queda do preço e da taxa de juros. 
 

“A exportação corresponde a 80% das nossas atividades e se o café não chega ao comprador internacional a cooperativa não recebe recursos. Mesmo diante de todos os desafios, conseguimos obter excelentes resultados em investimentos e que nos permitiram esta distribuição aos cooperados que participaram junto aos negócios da Cooxupé em 2022”, diz Melo. 
 

Em 2022, a Cooxupé embarcou para os mercados interno e externo 6,8 milhões de sacas de café arábica. Já as exportações para clientes de 50 países somaram 5,6 milhões de sacas. Além do café commodity, a cooperativa – por meio da SMC Specialty Coffees – embarcou mais de 154 mil sacas de cafés especiais, entre as quais mais de 140 mil foram direcionadas para o mercado externo. 
 

Cooperados conferem resultados do balanço de 2022 durante Assembleia Geral Ordinária 

Recebimento de café e perfil do cooperado    
 

Em 2022, a Cooxupé registrou recebimento de 5 milhões de sacas de café vindas de cooperados e de terceiros. Somente de seus produtores associados, a cooperativa recebeu 3,6 milhões de sacas. Este volume de recebimento, segundo a CONAB, representou 15% da produção nacional de café arábica e 23% da produção deste tipo de café no estado de Minas Gerais. 
 

Os associados da cooperativa, entre os quais 98,4% respondem por mini e pequenos produtores que representam a agricultura familiar, produziram no ano passado 6,43 milhões de sacas de café arábica no Sul e Cerrado de Minas Gerais, na média mogiana do estado de São Paulo e nas Matas de Minas. 
 

Torrefação cresce no Brasil
 

Já a Torrefação da Cooxupé, em atividade há 38 anos, registrou crescimento nas vendas em quilos de 14% em relação a 2021. A unidade fabril responde pelas marcas Evolutto, Prima Qualità, Prima Qualità Safra Especial, Gerações e Terrazza. 
 

PRCI e FEC: mais restituições ao cooperado 
 

Ainda em 2022, a Cooxupé promoveu a restituição de R$ 18,3 milhões aos cooperados vindos do Programa de Restituição de Capital por Idade e do Fundo Especial de Capitalização. 
 

Gerações 
 

Além de celebrar os 90 anos de cooperativismo, a Cooxupé ainda comemorou no ano passado a implantação do seu próprio protocolo de sustentabilidade, o Programa Gerações. 
 

“Nosso objetivo é que nosso produtor desbrave o mundo da sustentabilidade, da sucessão e de uma gestão cada vez maior e melhor dentro da propriedade e da cooperativa. Trata-se de um programa inclusivo, que congrega desde o pequeno até o grande cooperado, totalmente preparado e adaptado conforme a realidade dos nossos produtores para que avancem em sustentabilidade e, assim, ganhem mais competitividade diante das exigências do mercado e do consumidor de café”, conclui Melo. 

Fonte: samia@phideias.com.br

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