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Um tribunal do Vaticano considerou o ex-presidente do banco do Vaticano e seu advogado culpados de lavagem de dinheiro e desvio de milhões de euros da venda de propriedades do país.
Angelo Caloia, que foi presidente de 1999 a 2009, e seu advogado Gabriele Liuzzo foram condenados a oito anos e 11 meses de prisão. Ambos haviam se proclamado inocentes e “vítimas” de “operações orquestradas por outras pessoas” antes da sentença.
A investigação dos crimes teve início em 2014 e incidiu sobre as operações realizadas entre 2001 e 2008, que causaram prejuízos financeiros estimados em € 57 milhões de euros.
Basicamente, os esquemas consistiam em vender propriedades do Vaticano por um preço baixíssimo para eles mesmos, utilizando empresas offshore como compradoras indiretas. Um “belo” de um negócio lucrativo…
O impacto econômico? Quase 70% dos ativos imobiliários do Vaticano, ou mais precisamente, 29 propriedades. Além da prisão, o juiz também condenou Caloia e Liuzzo a pagarem uma multa de € 12.500 cada um e proibiu, de forma vitalícia, que exerçam qualquer cargo público.
O ex-presidente do banco se tornou a autoridade do Vaticano de mais alto escalão a ser condenada por um crime financeiro. Onde há homens, há erros.
Após as investigações, renunciou a todos os seus cargos, incluindo a presidência da empresa que supervisiona a manutenção e preservação da famosa Catedral de Milão.
Fonte: the news 📬 – (Imagem: Arquidiocese de Niterói | Reprodução)