Proposta da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad é levar o trabalho para mais regiões do estado
Cláudio é a primeira cidade mineira a lançar oficialmente a ampliação de seu programa de coleta seletiva, após receber apoio técnico da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e do Instituto de Gestão de Políticas Sociais (Gesois). O trabalho de capacitação e conscientização foi feito a partir do edital 01/2019, que previu as regras para seleção das cidades participantes. A expectativa agora é que, em breve, outros 18 municípios apresentem seus programas.
O resultado foi alcançado a partir de um termo de parceria firmado entre Feam e Gesois, para implantação, nos casos em que não houvesse coleta, ou para ampliação, quando esta já havia se iniciado, com vistas à melhoria da gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Com as mudanças vindas da reforma administrativa do governo estadual, o termo passará a ser coordenado pela Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Das 19 cidades contempladas no termo de parceria, nove já têm datas para lançar oficialmente os novos sistemas de coleta seletiva. Além de Cláudio, que apresentou a novidade na terça-feira (19/11), e São Tiago, que fará o lançamento nesta quinta-feira (21/11), os seguintes municípios farão a divulgação até 9 de janeiro de 2020: Silvianópolis, São Sebastião do Paraíso, Sacramento, Nepomuceno, Timóteo, Campo Florido e Cássia.
As dez cidades restantes são Andradas, Sobrália, Governador Valadares, Ipatinga, Rio Piracicaba, Caxambu, São Lorenço, Arinos, Bocaiúva e Itanhandu, que trabalham com a previsão de lançamento também para o próximo ano.
De acordo com o subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento, Rodrigo Franco, a intenção é levar esse trabalho para outras regiões de Minas Gerais. “Nosso objetivo é expandir a coleta seletiva de resíduos em Minas Gerais para que isso possa ampliar a sustentabilidade da gestão de resíduos sólidos urbanos no estado. Estamos assumindo um grande e importante trabalho realizado pela equipe da Feam, e daremos continuidade a essa política, alcançando mais cidades mineiras”, afirma.
No caso de Cláudio, a coleta já era feita desde 2017, mas a administração municipal identificou a necessidade de melhorar os processos para alcançar mais pessoas e conseguir que a separação do lixo domiciliar seja uma prática mais efetiva em mais pontos da cidade. A partir da iniciativa comandada pela Feam, os técnicos da área ambiental do município passaram por diversos treinamentos ministrados pelo Instituto de Gestão de Políticas Sociais (Gesois) e agora a administração local está implementando, na prática, uma coleta mais qualificada.
Participação cidadã
O prefeito de Cláudio, José Rodrigues de Araújo, destacou a importância de se diminuir cada vez mais o que vai realmente para aterramento nas cidades de Minas e do Brasil. “Esse trabalho da parceria foi muito importante porque, na coleta seletiva, você tem que estar sempre chamando o cidadão para participar desse processo. Parece que o cidadão vai relaxando, então é importante fazer novos movimentos. O acordo foi muito importante para dar injeção de ânimo na cidade”, diz.
Servidores municipais, inclusive o prefeito, foram às ruas para colocar em prática a nova configuração da coleta seletiva. “A parceria técnica nos trouxe novo gás, para que a gente fizesse um planejamento maior das ações, para ampliar a adesão”, afirma a chefe do Departamento de Meio Ambiente de Cláudio, Maria Helena Mitre. Segundo ela, a parceria foi fundamental para que o sistema da coleta seletiva pudesse funcionar de forma adequada na cidade. “Nós aprendemos a projetar, cronometrar e executar”, acrescenta.
Em Cláudio, a coleta seletiva é feita no modelo porta a porta. O caminhão tem dia da semana específico para recolher os resíduos recicláveis que a população separa, e encaminha o material a um galpão cedido pela prefeitura. No local, funcionários municipais fazem a separação por tipologia e os recicláveis são vendidos em leilão.
No processo de consultoria técnica, o Instituto Gesois formou equipes gestoras para atuar em conjunto com as prefeituras e com a população organizada em cada um dos 19 municípios. “Nós fizemos um diagnóstico de cada uma das cidades, que nos apontou as fragilidades e potenciais. Fizemos também um estudo gravimétrico dos resíduos e chegamos a um planejamento de ações, que variou de acordo com a característica de cada cidade. Esse planejamento listou todas as ações necessárias, os responsáveis em executar cada uma e os prazos”, diz a gerente de Projetos do Gesois, Raissa Bottecchia.
Crédito (foto): Instituto Gesois/Divulgação