Patrocínio Paulista:- Na edição dessa semana venho compartilhar com meus queridos leitores sobre a importância do uso precoce da língua de sinais. Sabemos que o assunto deficiência ainda gera muitas angustias e incertezas, mas quanto mais precoce for o contato do bebê com a língua de sinais, maior a chance de ocorrer um desenvolvimento buscando e pensando em uma autonomia na idade adulta.
Quantas vezes as mães desejam saber a vontade ou necessidade do choro do seu bebê? Qual mãe não fica frustrada com tanto choro e sem saber exatamente o que fazer, o que a criança quer? Se pararmos para pensar, toda criança, antes mesmo de falar as primeiras palavras, já é capaz de mandar um beijinho, tchau, apontar com as mãos. Isso deixa claro que as crianças podem se comunicar por sinais antes de conseguir falar.
O bebê chora incessantemente e a mãe age por tentativa e erro até descobrir o que realmente o aflige naquele momento. Esta é uma situação comum na maioria das famílias ouvintes. E por que não acontece da mesma maneira nas famílias das crianças surdas? Muitas vezes falta informação, e até mesmo força para tentar buscar respostas e novas propostas para romper essas barreiras. O que deve ser pensado é que as crianças aprendem da mesma maneira, sendo surdas ou ouvintes. O que muda é apenas a estratégia de ensino e os estímulos. Esses últimos são essências para o desenvolvimento do bebê surdo.
Estudos apontam que bebês que tem contato com sinais mais cedo, conseguem responder por sinais a partir dos 6 meses. A Língua de Sinais ajudará os pais a se comunicar com o bebê de uma maneira diferente, onde o bebê poderá expressar suas emoções, mesmo que ainda não seja capaz de se expressar verbalmente, aproveitando também as novas habilidades que seu bebê estará desenvolvendo.
Com o passar do tempo a família que desejar poderá procurar orientação profissional para desenvolver a oralidade dessa criança, mas caso isso não ocorra, a língua de sinais, será sua primeira e principal língua. Vale lembrar que o uso da Língua de Sinais deve ser feito de forma tranquila, respeitando o tempo da criança. A ideia é que os pais sempre digam a palavra ao mesmo tempo em que fazem o sinal, em diferentes circunstâncias, assim o bebê aprenderá com o som, quando possuir pelo menos parte da audição preservada, com o sinal e a representação do que foi dito através de imagem ou materiais concretos.
