Patrocínio Paulista:-Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da “Júlio de Mesquita Filho” e Universidade de Franca investigaram os hábitos alimentares de jogadoras de futebol feminino profissional, e foi mostrado que a dieta delas estava nutricionalmente desequilibrada e imprópria para o esporte de alto rendimento. O artigo foi publicado na Revista de Nutrição, volume 29, número 4, 2016.
O estudo utilizou um método que avalia a qualidade global da dieta, conhecido como Índice de Alimentação Saudável ou HEI (Health Eating Index). Este índice permite observar não somente os alimentos e nutrientes consumidos, mas também o equilíbrio e a qualidade dos diferentes grupos de alimentos (cereais integrais, frutas, legumes, produtos lácteos, proteínas, gorduras saturadas, sódio e açúcar) e as respectivas contribuições nutricionais.
A partir das análises das dietas, os autores identificaram importante deficiência quanto à ingestão de energia (calorias) e de carboidratos complexos. Foi observado um excesso do consumo de fontes proteicas ricas em gorduras, e também excesso de sódio e de bebidas adoçadas na alimentação. Tais informações demostraram que a avaliação pelo HEI, diferente de outros métodos tradicionais de avaliação nutricional, foi eficiente para identificar a necessidade de melhorar a qualidade da dieta das jogadoras de futebol feminino.
Diante destes resultados, os pesquisadores apontaram a necessidade de intervenção e educação nutricional como estratégia fundamental para melhoria da dieta, tanto no aspecto quantitativo, como qualitativo. Esta conduta poderia beneficiar a saúde e mesmo o rendimento esportivo das atletas.
Prof. Dr. Daniel dos Santos-UNIFRAN
Prof. Dra. Jacqueline Queiroz Silveira – UNESP
Prof. Dra. Thais Borges César-UNESP
