Itirapuã:- Encantado com a beleza da cobra, o menino sorriu.
Os olhos brilhantes, de ambos, luziam feito farol, encantando um ao outro. Parecia um milagre! Embora já tivesse atraiçoado tanta gente, ela agora aparentava enamorar-se do garoto grande meio desajeitado, conhecido como um grande “arteiro”.
As pessoas o precaviam: ela te fará mal! Mas ele, encantado com dourados e azuis de grossa pele, nada ouviam, só admirava… Os sentidos do belo réptil também disparavam quando analisavam o tamanho da criatura ali à sua frente, contudo, ambos se juravam amor e proteção.
Numa noite escura, a cobra decidiu dormir em outro canto, e o menino que havia preparado-lhe uma cama bonita, resolveu velar seu sono, mas ela não estava lá. Preocupado, chamou os amigos para ajudarem a encontra-la. A cobra acordou com passos estranhos e decidiu defender-se: picou, envenenando um a um e escondia-se outra vez, sem poder ser vista! Traído, envenenado e triste, o menino sentiu o sangue ferver, e mesmo sem saber o porquê, incendiou o lugar. E assim, todos, de algum modo, morreram…
Moral da história: As pessoas, assim como os animais, nunca perdem sua essência. Somos o que somos, nunca mudamos, nos adaptamos enquanto a alegria nos habita.