Itirapuã:- Agarro-me com todas as forças no meu presente, dádiva que faz jus ao que simboliza e é somente o que me pertence.
O passado já escorreu entre os meus dedos e o futuro se resume nos sonhos que pretendo realizar e, por isso, ainda não são meus!
A vida é o dom mais lindo e complexo, delicado, porém duro, intenso, contudo passa correndo na velocidade da luz…
Tantas vezes, somos surpreendidos por alguém que atenda sobre a própria vida, nos faz refletir como encaramos a nossa existência e quanto amor investimos nela e nas pessoas que nos rodeiam.
Sempre amei profundamente a vida, porém, depois que me tornei mãe, sofri uma transformação intensa e profunda.
A maternidade tornou-me uma tola…
Passei a ter fé na vida de um jeito estranho, a olhar as pessoas com mais compaixão, mas também com olhos de águia… Passei a temer bondade demais, presentes demais, apego demais, firmeza de menos, carinho de menos, educação de menos.
Aprendi a rezar de verdade, cuidar de verdade, escovar os dentes e lavar as orelhas de verdade.
Aprendi a não acumular, não apegar no batom, no perfume…
Aprendi que a agua acaba, a terra seca, a roseira morre e é pra valer!
Aprendi que proteger e isolar são coisas completamente diferentes…
Aprendi que amor é amor, como Deus é Deus. Ponto!
Estamos em meados de um mês de luta em favor da vida, e que essa luta nos faça olhar para o outro além das fotos na rede social ou do copo na mão durante a balada… Que a gente tenha olhos de mãe, de irmão… Que a gente se sensibilize com a dor do outro na dimensão Cruz, com um abraço apertado, mão estendida. Que a luta seja de todos, porque enquanto estivermos de braços dados seremos uma corrente forte, um pelo outro… E não é este o sentido da vida?