O ser humano, em sua viagem pela vida neste planeta, transfere aos outros tudo aquilo do que tem medo. Na antiguidade, era aos deuses quem davam as maldades que se praticava ou das quais tinha receio, como a raiva e a impaciência. Hoje transfere-se às galáxias e aos extraterrestres, criando seres que querem sempre destruir o mundo.
O homo sapiens cria vultos, sombras, monstros, fantasmas assustadores e, e além de colocá-los no seu dia a dia, envia aos seres do espaço essas características, como se veem em filmes de alienígenas. Tenta incutir na mente dos demais que criações divinas, podem se transformar em perigosas ameaças. Essa transferência aos extraterrestres, de maldades, faz deles os monstros que o criador desses personagens gostaria de ser.
Vamos pensar nas guerras. Em algum lugar do tempo e do espaço neste planeta, sempre há alguém guerreando. Países contra países, Estados contra Estados, cidades contra cidades, pessoas contra pessoas. Sempre pela ganância de possuir mais.
O homem tem a guerra no sangue. E por que os moradores dos espaços siderais, supondo-se que existam, devem ter essas mesmas características? Por que transferir-lhes essa belicosidade? Sabemos muito bem, que a maioria dos habitantes de nosso planeta não pensam em matar, destruir ou acabar com a vida, seja de quem quer que seja. A grande maioria é pacata e defendem a Paz. Mas mesmo assim transferimos nossos medos aos monstros criados por nossa mente, como: ‘será que amanhã vai acontecer isso ou aquilo?’ E o amanhã vira hoje, e medos de ontem nem sempre acontecem. Aliás, na maioria das vezes eles não acontecem. Monstros morrem por falta de quem os alimente.
Seria bom que os monstros do medo de ficarem pobres, que acometem os causadores das guerras, deixassem de serem alimentados. Quem sabe houvesse menos maldades, e o mundo, que envolve todas as galáxias, seria melhor.