Clima e resiliência são pontos de atenção ao produtor de café em 2022

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Presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, foto, fala sobre as perspectivas deste ano para os 17 mil cooperados

Depois de um 2021 repleto de desafios para os cooperados da Cooxupé, o presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo afirma que os produtores precisam estar atentos ao clima e serem resilientes em 2022.

As 17 mil famílias cooperadas produzem café verde tipo arábica no Sul de Minas, cerrado mineiro e média mogiana do estado de São Paulo.

Clima

Dentre os desafios enfrentados ao longo do ano passado, o diretor-executivo destaca a seca, as altas temperaturas, a geada, assim como os entraves logísticos devido à falta de contêineres. A pandemia, entretanto, ainda trouxe seus reflexos.

“Claro que o momento ainda é de apreensão, pois a pandemia ainda não acabou e precisamos todos nos cuidar” disse.

Segundo ele, o cooperado entendeu ao longo destes dois últimos anos a necessidade de ‘ficar’ mais longe bem como se adequou ao trabalho feito com o distanciamento.

“Pois, sempre fomos muito próximos. É preciso que cada um se cuide para que continuemos a contar a nossa história”, destaca o presidente.

Safra e custo de produção

Após as intempéries ocorridas ano passado, Carlos Augusto diz que sempre haverá desafios para o produtor de café.

“Por outro lado, nosso cooperado sempre supera. Para 2022, dentre os pontos que o produtor precisa ter atenção é a questão climática. Esperávamos uma safra recorde, o que não acontecerá”, pondera.

Além disso, de acordo com o presidente, há a escassez de defensivos e o aumento do custo de produção.

“Por isso, mais uma vez, o produtor precisa se planejar para passar 2022. Na Cooxupé estamos trabalhando fortemente para levar este cenário ao produtor de maneira mais adequada”.

Já para a cooperativa, os maiores desafios no primeiro semestre de 22 continuam sendo a questão dos embarques e da logística.

“É preciso normalizar para não termos maiores gargalos no fluxo de entrada e de saída do café”, sinaliza Carlos Augusto.

Resiliência

De acordo com o presidente a resiliência será muito importante para o produtor neste ano.

“Uma característica do agricultor brasileiro: a esperança. É preciso entender o que ficou para trás e compreender o que refletirá no futuro”, destaca.

Isto porque, segundo ele, o mercado tem dado boas oportunidades. “Junto com nossos cooperados, precisamos garantir rentabilidade para o nosso negócio. O bom senso levará a isso”, avalia.

O presidente finaliza dizendo que é preciso cuidar do patrimônio que é o pé de café e, para isso, a Cooxupé trabalha para que o cooperado possa adquirir produto de qualidade com preço compatível ao do mercado.

“Temos uma estrutura física para proteger os custos de produção dos nossos produtores, assim como liquidez para a safra que ele colhe”, conclui.

Fonte: Notícias da Cooxupé

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