Círculo restaurativo propõe construção coletiva da paz

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Em encontro virtual, equipes tiveram contato com metodologia

Participação foi espontâneas e voluntária, e permitiu exposição de receios e inseguranças decorrentes da pandemia (Foto: Divulgação/TJMG)

Nesta quinta-feira (9/12), mais um grupo participou de um encontro virtual de processos circulares, o nono desde o início da ação “Processos Circulares para Grupos do TJMG”, em agosto de 2021. A iniciativa é uma realização do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio de seu Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).

Ao longo do semestre, 58 participantes, entre magistrados, servidores, funcionários terceirizados e estagiários, já se inscreveram voluntariamente para cada rodada de conversas. O tema deste ano, discutido coletivamente em etapas e através de perguntas norteadoras, foi o fortalecimento de vínculos diante dos impactos da pandemia e do retorno ao trabalho presencial.

Incentivando o respeito, a tolerância e a comunicação não violenta, o método conta com princípios como a confidencialidade, a horizontalidade e o compartilhamento de experiências, promovendo um espaço seguro para fala, escuta e reflexão. Os facilitadores, também voluntários, foram capacitados pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).

A iniciativa está sob a responsabilidade da 3ª Vice-Presidência do TJMG, liderada pelo desembargador Newton Teixeira Carvalho. A coordenadora do Projeto de Justiça Restaurativa do TJMG é a desembargadora Hilda Teixeira da Costa, que também atua como facilitadora e supervisiona a equipe que conduz os encontros.

A desembargadora Ilda Teixeira da Costa coordena o programa de justiça restaurativa do TJMG (Foto: Cecília Pedrezoli/TJMG)

Processos circulares

Os círculos, que ocorrem a cada quinze dias, são organizados pelo Serviço de Apoio ao Nupemec (Seanup), sob a responsabilidade da psicóloga Clarissa Pires Monteiro de Castro. O modelo, denominado “Círculos para construção de paz”, se baseia em práticas milenares de solução de conflitos e foi estruturado pela norte-americana Kay Pranis, especialista em justiça restaurativa. O método pode ser aplicado em situações conflitivas, como aquelas que envolvem danos nos quais se identificam vítimas e ofensores, bem como em ocasiões não conflitivas, a exemplo de celebrações.

Em média, cada encontro reuniu seis pessoas e dois facilitadores que conduziram as atividades, possibilitadas pelo aplicativo Cisco Webex Meeting. A participação é voluntária, mediante inscrição prévia. Para o ano que vem, um novo tema será elaborado, a partir da análise dos resultados dos nove encontros. Contudo, depoimentos de participantes dos círculos, coletados em pesquisa de satisfação anônima, já demonstram uma boa acolhida e importantes ganhos na diminuição da angústia e da solidão no enfrentamento de problemas.

Entre as avaliações, estão as que descrevem os encontros como “excelente experiência” e “iniciativa maravilhosa”, fonte de “ensinamentos importantes para o crescimento pessoal” e oportunidade de se surpreender positivamente. Muitos expressaram o desejo de que mais colegas tenham acesso aos círculos e elogiaram o preparo e a habilidade das facilitadoras.

Mais informações sobre as práticas restaurativas desenvolvidas pelo TJMG podem ser obtidas junto ao Comitê de Justiça Restaurativa (Comjur), pelo e-mail comjur@tjmg.jus.br .

Fonte: Diretoria Executiva de Comunicação – Dircom Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG (31) 3306-3920 – imprensa@tjmg.jus.br

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