Vencedores do programa da Cooxupé e da SMC Specialty Coffees contam as vantagens de investir em grãos de mais qualidade
A produção de café especial é uma excelente opção para que cafeicultores consigam agregar mais valor à produção. A princípio, cada vez mais os produtores apostam nos grãos especiais e no crescimento do negócio. De antemão, o sucesso da produção de cafés especiais vem sendo celebrado por cooperados da Cooxupé, em especial, os últimos campeões do Especialíssimo, programa da cooperativa cafeeira de Minas Gerais.
Antes de mais nada, o Hub do Café conversou com os três primeiros colocados na edição passada do programa. Aliás, os produtores cooperados falaram do reconhecimento da premiação e apresentaram as vantagens de investir na produção de cafés especiais.
Acima de tudo, o Especialíssimo é um programa de desenvolvimento da Cooxupé e da SMC Specialty Coffees, que premia e seleciona os 50 melhores lotes de cafés especiais da safra atual. Além da premiação financeira total de R$ 330 mil, os cooperados têm a oportunidade de integrar os blends de cafés de edições limitadas e especiais produzidas pela Torrefação da cooperativa. Desde já, a celebração está confirmada no dia 14 de novembro, em Guaxupé, sul de Minas Gerais.
Segredo do café campeão
O cooperado Edenilson Aparecido de Carvalho, de Caldas (MG), foi o campeão do Especialíssimo 2023, com a nota 89,75. Além da visibilidade, o produtor afirmou que a premiação trouxe maior rentabilidade para produção.
“Somos uma pequena propriedade e, sem dúvida, a premiação do Especialíssimo mudou a vida de nossa família. Foi de extrema importância, pois trouxe rentabilidade e reconhecimento do nosso trabalho para o mundo”, afirmou.
Contudo, Edenilson disse que a produção foi iniciada em 2017, e tinha um grande diferencial entre o café especial e o commodity. Entretanto, o cafeicultor buscou apoio técnico da cooperativa e da SMC para melhorar sua lavoura.
“Comecei a colher café especial a partir de 2017. Meu grão esteve entre os 50 em todas as edições do Especialíssimo. Sei que tenho um café bom, mas saber que foi o melhor do concurso sem dúvida foi emocionante”, contou.
Rentabilidade para toda cadeia produtiva
Do mesmo modo, outro premiado pelo programa Especialíssimo foi o cooperado Adriano Muniz, proprietário da Fazenda Das Almas, de Cabo Verde (MG). O produtor foi o segundo colocado com a nota 89,68. Juntamente como Edenilson, o cafeicultor entende que o programa traz um retorno de investimento para toda cadeia produtiva. Pois, estimula os participantes a produzirem um café de alta qualidade.
“Além do valor da premiação ser significativo, o prêmio nos enche de entusiasmo e orgulho, pois confirma que estamos no caminho certo na produção de cafés especiais e diferenciados. Todos funcionários ficam motivados por ter um café entre os melhores. E, nossa fazenda fica mais visível aos compradores que saberão que, além daquele perfil sensorial de destaque, muito provavelmente produzimos outros lotes excepcionais”, afirma Muniz.
Do mesmo modo, o cooperado ressalta que o investimento na produção de cafés especiais agrega valor e torna o produto diferenciado. Nesse sentido, gera uma premiação no momento da venda que supera, muito, os custos de produção.
Produção de cafés especiais
Segundo Muniz, o café especial não traz apenas um sabor refinado, mas também o compromisso com a sustentabilidade. Aliás, desde o cultivo até a xícara, cada etapa do processo de produção é planejada para minimizar o impacto ambiental, promover práticas justas e apoiar comunidades locais.
“Boa parte do mercado consumidor só compra café das propriedades que atendem a estes quesitos, seguindo a legislação brasileira e dos países compradores. A Fazenda Das Almas atende a todos estes quesitos, pois está em nossa essência. Somos certificados UTZ Certified (desde 2004) e Rainforest (desde 2009) como, também, desde o início das certificações C.A.F.E. Practices e do Gerações, o protocolo que a Cooxupé faz. Assim, podemos afirmar que a Fazenda Das Almas produz café sustentável e especial, atendendo a demanda dos mais exigentes compradores”, conclui.
Aperfeiçoamento da lavoura
A terceira colocação do Especialíssimo obteve a nota 88,50. O café veio de Campestre (MG), da cooperada Dulce Vieira Franco de Souza. Ela é esposa de Ablandino Saturnino de Souza e juntos são proprietários do Sítio Belém, na região vulcânica no Sul de Minas. O casal é cooperado desde 1991.
Segundo Dulce, além da premiação financeira, a conquista serve de incentivo para aperfeiçoar os cuidados com a produção do café especial. “Somos pequenos proprietários e faz 14 anos que nos aplicamos a aprender mais sobre pós-colheita, detalhes do beneficiamento e rebeneficiamento. Buscamos orientações técnicas com a Cooxupé para, cada vez mais, alcançarmos qualidade em nosso café. No momento estamos satisfeitos”, afirma a produtora.
Como resultado, a cooperada revelou que a propriedade é composta com predominância em cafés especiais, sendo apenas 25% de café gourmet. No momento, os cafeicultores estão renovando as lavouras com variedades do café do tipo: Arara, Geisha, Paraíso e Catiguá. “Nossos cafés são de altitude, sendo um pouco mais difícil a implantação de lavouras mecanizáveis. Mas, estamos conseguindo realizar gradativamente”, pondera.
Por fim, Dulce também integra o programa Donas do Café, que visa promover os cafés especiais das mulheres produtoras, cooperadas da Cooxupé.
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Por: Hub do Café
Café especial: qualidade e reconhecimento!