Até o momento, cobertura vacinal contra a gripe está em 46,5% e, contra o sarampo, em 40,4%, abaixo das metas
As campanhas nacionais de vacinação contra a
influenza e o sarampo terminam em 3/6. Apesar disso, quase dois meses
depois de iniciadas as campanhas, a cobertura vacinal contra as duas doenças
segue abaixo das metas e está em 46,5% e 40,4%, respectivamente. Diante disso,
a Secretaria de Estado de Saúde de
Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância de se manter o cartão
de vacina atualizado. As vacinas são gratuitas e estão disponíveis nas Unidades
Básicas de Saúde (UBSs) em todo o estado.
Para a gripe, a meta preconizada pelo Ministério
da Saúde é de 90% de cobertura vacinal para os grupos prioritários: crianças de
seis meses a menores de 5 anos, idosos, trabalhadores da saúde, gestantes
e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas
com deficiência permanente, forças de segurança, salvamento e forças armadas,
trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, população privada
de liberdade, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de
passageiros urbano e de longo curso e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de
idade sob medidas socioeducativas. Desses, os que apresentam menor taxa de
imunizados são os povos indígenas (16,3%), as gestantes (21,3%), puérperas (21,8%),
professores (24,7%) e crianças (32,4%).
Em relação ao sarampo, a campanha de 2022 foi
direcionada aos trabalhadores da saúde e crianças de seis meses a menores de 5
anos. Segundo dados do Sistema Informação do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI), do Ministério da Saúde, atualizado em 22/5, a cobertura para o
primeiro grupo é de 42,1% de um público estimado de 606.091 pessoas e, para o
segundo grupo, é de 40,4% de um público estimado de 1.165.916 crianças. A
meta vacinal contra o sarampo é de 95%.
A coordenadora do Programa de Imunizações da
SES-MG, Josianne Gusmão, chama a atenção para a importância dessa imunização
para evitar complicações, hospitalizações e óbitos.
“A vacinação é importante, é a forma mais segura
e eficaz de interromper a circulação de vírus e evitar a sobrecarga no sistema
de saúde. Como a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza prioriza os
grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias, se alcançarmos
no mínimo 90% de cobertura em cada grupo elegível, conseguiremos o que chamamos
de imunidade coletiva. Consequentemente, as outras pessoas, que não estão
incluídas nos grupos elegíveis, também ficam protegidas”, explica Josianne.
Ainda, segundo a coordenadora, Minas Gerais
ainda precisa vacinar cerca de 3 milhões de pessoas do total do público
elegível para atingir a meta da campanha de vacinação contra a influenza.
“Diante disso, reforçamos que todas as pessoas que fazem parte do grupo
elegível devem se vacinar. A gripe é uma doença séria e a melhor forma de
prevenção é a vacina”.
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG