Associação foi criada em 2021 e já conta com 56 produtores. Marca agora vai em busca de reconhecimento com selo de qualidade.
A marca Cafés da Região Sudoeste de Minas foi lançada pelo Sebrae e pela Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas. A criação tem como objetivo valorizar a origem da produção de café. Com a marca, a busca agora é pelo reconhecimento com selo de qualidade.
O Sudoeste de Minas é responsável por 10% de todo café produzido no estado, cerca de 3 a 4 milhões de sacas. A associação abrange 21 municípios que possuem 56 produtores inseridos e ativos na cafeicultura mineira.
“Para nós é um momento histórico, principalmente na questão da valorização da região Sudoeste de Minas. Estamos buscando o reconhecimento para valorizar a produção dessa região, o produtor e o produto. Com isso, a região vai ter uma notoriedade para fomentar e inspirar novos produtores a virem buscar essa qualidade para região”, disse o presidente da associação, Fernando Barbosa.
Na região Sudoeste de Minas, as lavouras foram plantadas em áreas planejadas, com altitudes acima de 1 mil metro.
“Nós temos o privilégio que é uma região praticamente planalto e temos dois biomas nessa região, uma valorização da altitude, que é muito privilegiada na questão de qualidade. E nós estamos buscando a questão de sustentabilidade. Muitos produtores vêm se inspirar e participar de concursos de café, sendo destaques em nível nacional. A gente queria a participação de alguns produtores e para nossa alegria, tivemos vários. Temos produtores reconhecidos internacionalmente”, destacou.
Para a criação da marca, a primeira iniciativa foi a realização de um diagnóstico de avaliação do potencial de indicação geográfica (IG), instrumento que assegura a exclusividade do uso no nome por produtores e empresas do território.
As IGs identificam um produto pela origem, agregam valor e ampliam o acesso a mercados específicos.
“Esse processo se iniciou a partir de um grupo de estudo e junto com os produtores, o Sebrae abraçou e deu condições de se fazer um levantamento e um estudo da região, fazendo toda uma transformação. Essa etapa final é a que mais vai valorizar, pois os produtores vão entrar inspirados nos que já passaram pelo processo”, falou.
Em julho do ano passado, a associação solicitou ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o reconhecimento de marca coletiva Sudoeste de Minas, que visa diferenciar um produto ou um serviço oferecido por membros de uma entidade coletiva daqueles de seus concorrentes. Ainda em 2022, a entidade deu entrada no INPI no pedido de indicação geográfica, na modalidade indicação de procedência (IP) Sudoeste de Minas.
“Depois do reconhecimento, há todo um processo. Após o lançamento, agora é iniciada uma nova etapa, que é a questão de rastreabilidade, de origem controlada. Os produtores que vêm se inserir, automaticamente eles vão seguir uma série de etapas na produção, na cadeia produtiva de armazenagem, chegando até o consumidor final”, comentou.
A Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, constituída em 2021, reúne atualmente 56 associados e, a partir do lançamento, buscará mobilizar um número crescente de produtores para se unirem à entidade e somar forças para aumentar a sustentabilidade e a competitividade da cafeicultura na região.
Os 21 municípios que fazem parte da região são: Arceburgo, Alpinópolis, Alterosa, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Carmo do Rio Claro, Conceição de Aparecida, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guaxupé, Itamogi, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Muzambinho, Nova Resende, Passos, São Pedro da União e São Sebastião do Paraíso.
Extraído do g1 Sul de Minas EPTV