Mais de um milhão de hectares de lavouras mineiras produzem o grão, gerando mais riquezas do que o garimpo
Apesar da história de Minas Gerais ter uma forte ligação com a extração de ouro, a produção de café hoje supera a riqueza gerada pelo metal nobre. Em 2023, por exemplo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) avaliou a safra cafeeira do Estado em R$ 27,7 bilhões. No mesmo ano, o Estado produziu R$ 9,2 bilhões em ouro. Isso de acordo com os registros do governo federal. Assim, os agricultores geraram três vezes mais riquezas que os garimpeiros neste período. Nesse sentido, o café vale mais que ouro para Minas Gerais.
Café vale mais que ouro
Entre 2014 a 2023, pois, os mineiros extraíram R$ 63,4 bilhões de ouro no Estado. Ao mesmo tempo, os agricultores de Minas Gerais geraram safras de R$ 228,6 bilhões em safras de café nesse intervalo.
O Estado, desde já, é o maior produtor brasileiro tanto do metal quanto do grão. No caso do café, é responsável por mais de 50% da produção nacional. É o que aponta a Agência Minas.
Ademais, o grão é o principal produto da pauta exportadora do agronegócio mineiro. O café alcançou receita de US$ 1,1 bilhão no primeiro bimestre de 2024. Isso com volume de 5,3 milhões de sacas embarcadas. Dessa forma, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Japão e Itália lideram as aquisições do produto, seguidos pela China, ressalta a agência.
Produção estadual
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Minas Gerais possui 1,6 milhão de hectares com plantas produzindo o grão. Por volta da metade, portanto, está nas partes sul e centro-oeste de seu território.
Por outro lado, a Conab registra que os agricultores do Estado tenham produzido 29 milhões de toneladas de café em 2023. Para 2024, em suma, a companhia estima a safra estadual em 30 milhões de toneladas. Já a Embrapa espera que a colheita desse mesmo ano atinja o valor de R$ 34,2 bilhões.
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Por: Hub do Café
