Brasil apresenta respeito socioambiental de seu café a membros da EU

11
0
COMPARTILHAR

Cecafé participou de webinário on-line que debateu a situação atual e como garantir a inclusão do setor cafeeiro na iniciativa da UE sobre cadeias de abastecimento livres de desmatamento

Café sustentável na Fazenda 7 cachoeiras Estate Coffee no Sul de Minas Gerais – Foto: Acervo da Fazenda

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou, na manhã da última segunda-feira, 24 de abril, do webinário on-line “A iniciativa da União Europeia sobre cadeias de abastecimento livres de desmatamento: situação atual e como garantir a inclusão do setor cafeeiro”, promovido pela Força-Tarefa Público-Privada Global do Café, da Organização Internacional do Café (OIC), que contou com a participação de representantes da Comissão Europeia.

“Diante das novas regulações dos principais mercados consumidores dos cafés do Brasil, em especial a União Europeia, temos intensificado nossa atuação para evidenciar a sustentabilidade e o respeito aos critérios ESG da nossa cafeicultura, externando os trabalhos realizados no país, por meio das leis existentes, que vem proporcionando avanços social e ambiental nas últimas décadas”, revela o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, que representou a instituição no evento.

Em sua participação, ele reforçou que o café é indutor de preservação ambiental e de melhoria nos índices de desenvolvimento humano no campo, além de apresentar as estratégias para a plataforma de rastreabilidade do produto nacional.

“No Brasil, onde há café, há preservação e respeito e ao meio ambiente e condições dignas de vida aos produtores e trabalhadores. Somos favoráveis que o mundo demande produtos com essa responsabilidade sustentável e, por isso, trabalhamos para que essas novas regras sejam fortalecedoras do processo de sustentabilidade, de mais progresso no campo e não resultem em exclusão social ou perdas”, argumenta.

Com audiência de aproximadamente 300 pessoas, o webinário foi conduzido pela diretora executiva da OIC, Vanusia Nogueira, e pelo presidente do Conselho Internacional do Café, Massimiliano Fabian, e contou com a participação, por parte da UE, de Leonard Mizzi, chefe da Unidade de Desenvolvimento Rural, Segurança Alimentar e Nutrição da Direção Geral de Cooperação e Desenvolvimento Internacional da Comissão Europeia; Astrid Schomaker, diretora de Desenvolvimento Sustentável Global da Comissão Europeia; e de Hannelore Beerlandt, conselheira sobre café da EC DG INTPA F3 – Sistemas Alimentares Sustentáveis e Resilientes, que participará do 9º Coffee Dinner & Summit, promovido pelo Cecafé, em São Paulo, no mês de maio.

“Hannelore é a pessoa de maior confiança do setor privado europeu no tratado com a Comissão Europeia. Ela faz a interface das informações do órgão burocrático para as empresas. No Coffee Dinner & Summit, falará sobre as tendências das novas leis europeias, seu processo de implementação e demonstrar as particularidades do café, que não está na vala comum, pois tem suas particularidades e, por exemplo, não está atrelado ao desmatamento”, explica Matos.

O diretor-geral do Cecafé completa que o estreitamento de laços com os players europeus é crucial para que a responsabilidade socioambiental da cafeicultura brasileira seja cada vez mais reconhecida por eles e não fique à mercê de falsas narrativas a seu respeito. “Com essa linha de trabalho, creio que ajudaremos o Brasil a se colocar como origem 100% sustentável e rastreável, recebendo o reconhecimento que merecemos”, conclui.

Força-Tarefa Público-Privada Global do Café da OIC

A Força-Tarefa Público-Privada do Café é composta por 16 representantes do setor privado — empresas signatárias — e 16 do setor público, que são países membros da OIC, importadores e exportadores. O objetivo e seus fluxos de trabalho técnicos são relacionados a implementar a Resolução 465 do Conselho Internacional do Café e a Declaração de Londres, avançando o trabalho do diálogo setorial iniciado e liderado pela OIC. O objetivo final é obter consenso sobre questões e ações prioritárias a serem submetidas à consideração do Conselho Internacional do Café e do Fórum de CEOs e Líderes Globais (CGLF).

Fonte: Cecafé

Extraído do Notícias Agrícolas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Campo obrigatório