Inicialmente dirigida às microempresas, linha de crédito agora inclui também as pequenas empresas
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou o 1º semestre de 2020 com um desembolso de R$ 1,06 bilhão, alta de 93% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste intervalo, o BDMG atendeu 4.104 clientes, entre empresas e prefeituras, alta de 49% sobre os seis primeiros meses de 2019.
Os clientes atendidos estão distribuídos em 468 cidades mineiras, 81% delas com IDH menor do que a média brasileira. Do total desembolsado pelo banco no semestre, 69% foram por meio de recursos próprios, 29% foram provenientes de repasses de outras instituições e 2% de recursos de fundos.
Durante o período, o BDMG lançou ações emergenciais para micro e pequenas empresas (MPE) poderem obter crédito mais acessível, a fim de minimizar os impactos socioeconômicos gerados pela pandemia de covid-19. As taxas foram reduzidas para as MPE de todos os ramos de atuação (programa BDMG Solidário) e linhas especiais para os setores do Turismo e da Saúde foram lançadas, além de taxas especiais para empresas lideradas por mulheres (programa Empreendedoras de Minas). Também foi aberta a possibilidade para as MPE adimplentes renegociarem suas dívidas com o banco, entre outras ações.
Pequenas empresas
Após estas medidas emergenciais, o BDMG deu um novo passo: no final de junho, tornou-se o primeiro banco do país a oferecer a contratação 100% digital para o Pronampe, programa de apoio ao crédito lançado pela União. O cadastro dos clientes interessados começou a ser feito em 30/6; as propostas já estão sendo analisadas e as primeiras liberações devem ocorrer nas próximas semanas.
Agora, o banco traz uma novidade: o BDMG Pronampe, anunciado inicialmente apenas para as microempresas (faturamento anual de até R$ 360 mil), será estendido para as pequenas empresas (faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões). Em princípio, o total de recursos próprios operados pelo BDMG seria de R$ 114 milhões, mas o banco já está em tratativas com o Ministério da Economia pleiteando a cobertura, via Fundo de Garantia de Operações (FGO), de um volume maior de recursos.
“O desempenho do BDMG ao longo do 1º semestre e a rápida adesão ao Pronampe estão em linha com a atuação anticíclica que um banco de desenvolvimento deve adotar em contextos de crise. Com isso, queremos injetar na economia mineira um novo fluxo de liquidez, contribuindo para a sustentação dos negócios e para manutenção dos empregos neste momento complexo, deflagrado pela pandemia”, afirma o presidente do banco, Sergio Gusmão.
Condições e diferenciais
A linha BDMG Pronampe possui condições excepcionais de mercado: juros de 1,25% ao ano + Selic, com prazo total de 36 meses, sendo 8 meses de carência. O crédito poderá ser aplicado em capital de giro ou em investimentos, com limite máximo de contratação de 30% da receita bruta da empresa em 2019.
“Como diferencial na operação do Pronampe, o BDMG não exige a contratação de outros produtos para ter acesso ao crédito, como ocorre em muitos bancos comerciais, nem a necessidade de abertura de conta bancária”, ressalta Gusmão.
Outro diferencial é que as solicitações poderão ser feitas por meio do BDMG Digital, plataforma de atendimento on-line do banco disponibilizada em seu site. “O processo garante menos burocracia e mais agilidade na concessão do crédito”, afirma Gusmão.
Além disso, o BDMG conta com uma rede de 350 correspondentes bancários em todo o estado de Minas Gerais, o que permite maior capilaridade no alcance de regiões mais distantes.