Abertura foi definida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) e feita na manhã deste sábado (8)
Depois da Usina de Furnas atingir 100% do volume útil, os vertedouros do reservatórios foram abertos neste sábado (8). A abertura foi definida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), responsável pela programação energética das unidades geradoras brasileiras.
Conforme a assessoria da Eletrobras Furnas, a abertura do vertedouro foi feita às 8h30, em 500 m³ (metros cúbicos), para controle de nível do reservatório em decorrência das chuvas recentes. De acordo com a empresa, esta é a segunda vez que Furnas abre o vertedouro em 2023, sendo que a primeira ocorreu em 13 de janeiro.
O nível do reservatório era, segundo a empresa, de 768,6 metros, o que representa o volume útil de 100%. A Eletrobras salientou, ainda, que a Usina de Furnas está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 200 MW, cerca de 18,1% da sua capacidade instalada que é de 1.216 MW.
A empresa pontuou que a abertura do vertedouro foi informada à Defesa Civil para que medidas visando a segurança da população fossem adotadas.
Após atingir 100% do volume, Furnas abre vertedouros para controlar nível do reservatório — Foto: Reprodução/EPTV
100% do volume útil
O Lago de Furnas atingiu 100% do volume útil durante a semana. Este nível não era alcançado no reservatório há 12 anos. A última vez que isso ocorreu foi em 13 de março de 2011.
Para aproveitar o nível e o volume que faz com que o reservatório possa ser utilizado por empresários e turistas, existem projetos para evitar o esvaziamento do Lago de Furnas.
Um dos projetos é dividido em três chamados pedaços: operação normal, operação para falta de água e operação em caso extremo.
“O reservatório dessas usinas, vamos pegar o caso de Furnas, será dividido em três pedaços. O primeiro é a operação normal, para uso múltiplo. Depois teríamos uma parte, que seria em caso de falta de água, que seria comunicado e teria um procedimento de alerta, uma faixa operativa de atenção, que seria exceção na operação, esvaziando e repondo na primeira água que vier. E a terceira faixa, que seria em um caso extremo, que seria um volume de segurança”, destacou o professor da Universidade Federal de Itajubá, Afonso Henrique Moreira.
Outras situações a serem discutidas, conforme a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), são as questões ambientais.
“Nós precisamos falar sobre o esgoto, que ainda é jogado in natura no Rio Grande. Precisamos falar da recuperação dos nossos mananciais, da preservação das nossas nascentes e de que forma os municípios irão se organizar, em médio e longo prazo, com a finalidade de estabelecer um turismo sustentável”, pontuou o prefeito de Alpinópolis e secretário da Alago, Rafael Freire. Extraído do g1 Sul de Minas EPTV