ALMG faz varredura de eventuais escutas ilegais em gabinetes

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Ação é desdobramento de denúncia de grampos telefônicos para intimidar atuação de parlamentares da CPI da Cemig.

A CPI da Cemig foi criada para averiguar denúncias de ilegalidades na gestão da empresa – Foto: Guilherme Dardanhan

A Diretoria de Polícia Legislativa (Dpol) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reuniu nesta terça-feira (10/8/21) com representantes das Polícias Militar e Civil para dar início aos procedimentos para varredura dos gabinetes dos membros efetivos e suplentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cemig, com vistas à identificação de possíveis grampos telefônicos.

Em reunião da CPI no último dia 2 de agosto, o deputado Professor Cleiton (PSB), vice-presidente e primeiro signatário do requerimento que deu origem à comissão, acusou a empresa Kroll de tentar espioná-lo para intimidar sua atuação nas investigações.

Segundo o parlamentar, uma perícia teria confirmado que seu telefone celular foi grampeado. “Ficamos sabendo que os deputados dos blocos independente e os de oposição estão sendo investigados por essa empresa, bastante conhecida por grampear telefones. Assessores de gabinete também estão recebendo telefonemas anônimos”, denunciou.

A partir desses fatos, o presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), solicitou apoio das equipes técnicas da PM e da Polícia Civil à Polícia Legislativa para a realização de varredura de escutas ambientais nos gabinetes dos parlamentares membros da CPI. Essa ação, no entanto, dependerá de autorização expressa de cada parlamentar, validada pelo presidente da Assembleia.

A CPI da Cemig foi criada para averiguar denúncias de ilegalidades na gestão da empresa, que teriam ocorrido desde 2019 e gerado prejuízos ao interesse público. A comissão tem poderes para investigar, analisar documentos, tomar depoimentos, colher provas, auditar contratos, operações financeiras e dados bancários de empresas e pessoas.

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