Número de autos de infração é pequeno, o que mostra, segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária, a conscientização do produtor
Balanço realizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) revela que os produtores mineiros estão cada vez mais conscientes da necessidade do cumprimento do vazio sanitário da soja, feijão e do algodão, como forma de erradicar e prevenir as lavouras destes três produtos contra o ataque de pragas que podem comprometer a produção.
Durante o período do vazio sanitário fica proibido o cultivo destes três produtos, ao mesmo tempo em que devem ser exterminadas as plantas vivas nas propriedades.
No conjunto, neste ano foram realizadas 815 fiscalizações, com 37 notificações, que é quando o fiscal do IMA verifica alguma inconformidade na lavoura e concede ao produtor 10 dias para regularizar a sua situação. Após esse período o produtor pode ser multado, caso persista na inconformidade.
Neste ano foi registrado somente um auto de infração para propriedade com cultivo de soja.
Soja
O IMA ampliou em 5% neste ano a área fiscalizada durante o vazio sanitário da soja, que vigorou de 1º de julho a 30 de setembro. A área fiscalizada para prevenir a ferrugem da soja em todo o estado passou de cerca de 223 mil hectares no ano passado para 244 mil ha em 2018. O Instituto realizou 732 fiscalizações lavrando, ao final, somente um auto de infração.
Feijão
No caso do vazio sanitário do feijão, que vigorou de 20 de setembro a 20 de outubro, o IMA aumentou neste ano o número de fiscalizações que passou de 46 para 57 no período, abrangendo uma área de 10,2 mil hectares. O vazio sanitário para essa leguminosa abrange 18 municípios da região Noroeste de Minas, como medida preventiva e de erradicação do mosaico dourado e da mosca branca. Não foi registrado nenhum auto de infração.
Algodão
Em relação ao algodão, cujo período do vazio sanitário terminou nesta semana, em 20 de novembro, foram fiscalizados cerca de 18 mil hectares também sem registro de autos de infração. A medida busca erradicar nas plantações o bicudo do algodoeiro.
O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, o engenheiro agrônomo Nataniel Diniz Nogueira, explica que o vazio sanitário tem sido importante para controlar e impedir o ataque de pragas que podem acometer as lavouras destes três produtos.
“Com isso, diminuímos a incidência das pragas na safra seguinte, o que consequentemente leva ao uso de menos agrotóxico nas lavouras. A adoção do vazio, que começou em 2007, primeiramente com a soja, tem ajudado Minas a manter uma boa performance no mercado, figurando entre os dez maiores produtores nacionais”, relata Nogueira.
Ele cita a segunda colocação da produção mineira de feijão no ranking nacional, com 571 mil t/ano, o correspondente a 17% do total brasileiro. O estado ocupa o sexto e o sétimo lugares respectivamente na produção de algodão e soja.
“Ao longo dos anos verificamos que são poucas as notificações e que ao final é muito baixo o número de autos de infração. Isso significa que os produtores estão conscientes da importância do cumprimento do vazio para manter as lavouras livres de pragas garantindo assim, uma boa produção’, avalia Nataniel Nogueira.