Colunistas | Prof. Esp. Melissa de Figueiredo Pedagoga | O intérprete de libras

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Prof. Esp. Melissa de Figueiredo Pedagoga Graduada em letras/libras Pós-graduada em tradução/interpretação de libras Docente de libras (língua brasileira de sinais) Unifran

 

Patrocínio Paulista:- O intérprete de libras: desafios da formação e atuação desse profissional “desconhecido”.

Inicio com vocês, queridos leitores, uma série sobre o intérprete de libras, esse profissional tão importante para o desenvolvimento da pessoa com surdez. A comunicação é um fator fundamental para o ser humano, e a LIBRAS (língua brasileira de sinais) é uma ferramenta que possibilita a interação dos surdos na comunidade surda e com os ouvintes. Esse profissional surgiu devido a necessidade da comunidade surda de possuir “alguém” que auxiliasse no processo de comunicação com as pessoas ouvintes, interpretando da língua oral para a língua de sinais e da língua de sinais para a língua oral. Inicialmente, a atuação era informal, ou seja, pais ou familiares das pessoas surdas faziam essa função.

Entretanto, para que isso ocorresse de modo formal foi necessário que a língua brasileira de sinais fosse oficializada. Atualmente há leis em vigor que regulamentam a profissão e determinam a formação desse profissional. Uma dessas leis é a lei nº 12.319 de 01.09.2010 que regulamenta a profissão de tradutor e interprete de Língua Brasileira de Sinais.

O que faz o profissional tradutor intérprete de língua de sinais?
Sua função é interpretar de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para determina língua de sinais. O intérprete de libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país, nesse caso a língua portuguesa, e que é qualificado para desempenhar essa função. Ele deve ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação, além de possuir formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação). Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências internacionais). Essa função exige que sejam seguidos alguns preceitos, como por exemplo: imparcialidade (interpretação neutra, sem dar opiniões pessoais), distância profissional (não haver interferência da vida pessoal), confiabilidade (sigilo profissional), discrição (estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação), fidelidade (interpretação deve ser fiel, sem alterar a informação mesmo que seja com a intenção de ajudar).

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