Colunistas | Cida Heluany – cidadã monte-santense | Observando… A bola

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Quando ainda tinha minha mãe em minha companhia ela dizia opiniões que eu atenta escutava. Duas coisas que ela dizia eram: “a televisão é a melhor invenção tecnológica para os humanos, no século XX – a bola é o objeto que possibilita lazer e união entre eles”.

É maravilhoso escutar o som clicado de uma bola. É como se ela incorporasse o corpo de quem a chuta.

E veio a Copa da Rússia.

Às vezes a gente descobre o interesse e o prazer em ver alguns jogos que jamais pensamos em ver. Aconteceu comigo: Sou corintiana só de falar, mas apaixonada pelo jogo com a bola.

Copa deste ano foi linda. Uma manifestação de classe, uma despesa compensadora nas arenas feita por um governo consciente do que estava fazendo.

As seleções bem instaladas sem manifestações de aparatos e funcionais (apesar de Putim). A segurança quase ou totalmente perfeita. Todos bem recebidos. O país lindo. Os interesses voltados para onde deviam se dirigir.

Nossa seleção voltou logo para casa e isto foi o resultado de uma preparação rápida e sem tempo para conscientização. Não formamos um time. Éramos um grupo endeusando alguns que deveriam ser seguidos pelos outros.

Neste século não cabe mais lideranças a serem seguidas forçosamente, mas, cabe a um grupo a união através de ideias. E foi assim que a França se sagrou campeã, através de um time heterogêneo, resultado de uma imigração inclusiva mostrando ao mundo que os diferentes quando valorizados, valorizam.

Agradeço a França por ter ganho a taça, por me mostrar, mais uma vez, que somos espetaculares quando incluídos e valorizados.

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