Itirapuã:- Outro dia tive uma das melhores conversas dos últimos tempos com uma das minhas mais queridas amigas…
Falávamos, entre tantas coisas, em “ficar por um fio”.
É semana dos namorados e tudo está enfeitado de corações, brilho, rosas e embrulhos bonitos. Tudo cheira a amor. Mas amor… Amor mesmo, de verdade, é constrangedor, modificador e nos expõe, nos liberta. Amor mesmo, para o ser, tem que ficar “por um fio” e sobreviver!
Esta noite usei de novo esta expressão, e então me perguntei do que é que meu fio é feito…
Acredito que, como uma trama, uma toalha de croché, somos resultado dos fios que os outros vão soltando nas nossas vidas. Com eles, vamos tecendo nossas relações, nossas histórias. Uns deixam fios de discórdia, de tristeza, de solidão. Outros deixam fios de caridade, de alegrias, de solidariedade… Fios brilhantes de luz! Alguns fios são as linhas da nossa história que, ao escrevê-las, deixamos um rastro, uma linha…
Que fio você tem espalhado pelo caminho?
Ingratidão ou beleza?
Quando você escreve as suas histórias você deixa linhas de esperança, de misericórdia, de paixão? E quando você diz “eu te amo” e se abre ao que vier ou quando ouve o “eu te amo” e sente seu corpo aquecer, seu fio se fortalece ou amolece?
De que são feitos os seus fios?
Acredito que, diante da minha insignificância, meu fio é feito de amor… Porque tem sido forte como aço, leve como pétala e tolerante diante de tantas coisas… Só pode ser de amor! E que o seu seja também.