Itirapuã:- Um dia você encara o papel na sua mão e sente um frio na barriga. Barriga… Um misto de desespero, alegria, ansiedade e dúvida tomam seu corpo inteiro. Mulher nenhuma, por mais que deseje, está pronta para ser o mais lindo brinquedo da natureza, e gerar a vida.
Lá vamos nós então para um carrossel de emoções e sentimentos… Vômitos e desejos loucos, exames, sono em excesso, fome de leão e o espelho nos apresenta nova silhueta, e nela todos os sonhos do mundo! As dores do universo começam a nos sondar e um dia nos fere a carne… Abre-nos o ventre e enfim nos entregam uma pequena nova criatura, e esta sai da nossa barriga e entra em nosso coração. Peito rachado, pouco leite, hecterícia, cólicas, noites longas, choros compartilhados… Chora o bebê, chora a Mãe. Mãe que tantas vezes não experimentou as dores, mas deu a luz em seu coração e sem perder uma só gota de amor, assume seu presente, e lhe dá a vida em outras dimensões. Longe então do lirismo romântico dos poetas, o cansaço e esgotamento dos primeiros tempos com o pequeno ser humano, nos transforma numa leoa, um animal prestes a dar o bote. Sobrecarregada de trabalho, hormônios e sentimentos, lá vamos nós, mães, para o início de uma batalha que travaremos por toda a vida. Nasce uma mãe e com ela nasce o senso de culpa, a preocupação com o meio ambiente, com a alimentação, com a segurança… Tudo o que nunca nos amedrontou depois de encarar aqueles pequenos olhos, vão nos assolar por toda a vida que nos restar.
Vida que nunca mais será a mesma…
Entendo hoje o significado de palavras como dedicação e entrega! Sim, a maternidade me fez olhar minha mãe, avós, tias e sogra com outros olhos. Somos uma rede de apoio e conselho umas das outras, e embora cada uma delas, cada uma de nós, exale carinho e seu modo, a maior verdade, única e definitiva é que Deus nos fez Sinônimo de Amor.
“Desejo que a Mãe das Mães seja nosso escudo e modelo. Parabéns, saúde e coragem a todas nós”.
