Fenômeno provoca mudanças no clima e atinge regiões cafeeiras do Brasil, podendo causar impactos na safra; veja como se prevenir da La Niña
Por ser uma atividade agrícola, a cafeicultura está submetida às questões climáticas. Mesmo sendo o maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil pode ter suas lavouras impactadas por fenômenos do clima. Entretanto, o produtor rural pode se precaver destes problemas. Dessa forma, como se prevenir da La Niña?
De acordo com Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da empresa Rural Clima, o evento climático ocorre no Oceano Pacífico e afeta todo o regime de chuva e temperatura do planeta. Assim, a La Niña é o resfriamento das águas da região equatorial do Pacífico. “Toda vez que as águas do Pacífico estão mais frias do que o normal ocorre esse fenômeno”, resume.
De antemão, Santos vai ministrar uma palestra no 6º Fórum Café e Clima sobre as previsões climáticas para a safra 2025 e como se prevenir deste fenômeno. Promovido pela Cooxupé, o encontro será realizado no dia 31 de julho, das 14h às 17h, na matriz da cooperativa, em Guaxupé (MG). Além disso, é possível acompanhar o evento de forma on-line, ao vivo, através de transmissão pelo Hub do Café e no canal da Cooxupé no YouTube.
Principais impactos
Desde já, o agrometeorologista explica que o principal impacto da La Niña é um atraso no início das chuvas na primavera. Ou seja, toda vez que o clima está sob a influência desse fenômeno, há uma tendência de que o regime de chuvas só se inicie em meados de outubro em diante. Atrasando, assim, a indução floral.
“No verão, há uma tendência de chuvas mais regulares e, até mesmo, um aumento na probabilidade de ocorrência de maiores períodos de invernada. Além de temperaturas relativamente mais baixas”, detalha.
Como se prevenir da La Niña?
Acima de tudo, Santos explica que é possível se prevenir dos efeitos da La Niña no cafeeiro. Ao saber que esse fenômeno vai se instalar ao longo do ciclo da cultura, é possível estimar quais serão os impactos do clima na produção cafeeira. “Esse ano tem tudo para ser uma safra normal, apesar de um florescimento mais tardio”, destaca.
Ademais, o palestrante afirma que a safra de 2025 tem tudo para ser boa, com índices altos de produtividade. “Uma vez que se instalar o regime de chuvas, a tendência é de precipitações contínuas e sem grandes períodos de estiagem”, finaliza.
Programe-se
6º Fórum Café e Clima da Cooxupé
Data: 31 de julho
Horário: a partir de 14h
14h: Abertura com a Diretoria Executiva da Cooxupé
14h15: Palestra de Guilherme Vinícius Teixeira, engenheiro agrônomo do Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé. Tema: “As condições meteorológicas ocorridas na safra 2024/2025 e suas consequências nas regiões cafeeiras da cooperativa”.
15h00: Palestra de Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da empresa Rural Clima, sobre as previsões climáticas para a safra 2025 e como se prevenir da La Niña.
15h40: Palestra do Prof. Dr. José Donizete Alves, docente da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sobre os impactos do clima adverso na fisiologia do café, além de análise da safra 2024 e perspectivas para 2025.
16h20: Debate
17h00: Encerramento
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por: Hub do Café
