Sebrae Minas apoia projeto para reestruturar a governança da cafeicultura do Sudoeste

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Iniciativa envolve 21 municípios da região. Entre os objetivos está a implantação da rastreabilidade e de técnicas para elevar a qualidade do produto

O Sebrae Minas, em parceria com a Associação dos Cafeicultores do Sudoeste do estado, iniciou um projeto para reorganizar a governança na região. Serão propostas ações conjuntas entre produtores de 21 municípios para buscar mais sustentabilidade na produção, qualidade e competitividade para o produto, e fortalecimento das lideranças do setor.

A reestruturação integra um Plano Estratégico que contempla diversas atividades previstas até o fim de 2025. Para isso, foram estruturados quatro núcleos: Governança, Jornada de Valor, Programa de Engajamento de Mercado e Sistema de Origem Controlada. O objetivo é preparar a região para se tornar referência na cafeicultura global, melhorando a qualidade de vida dos produtores locais e posicionando o Sudoeste de Minas como um território de café de excelência.

A região responde por 10% da produção em todo o estado. São cerca de 156 mil toneladas de grãos, ao ano, nos 21 municípios: Arceburgo, Alpinópolis, Alterosa, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Carmo do Rio Claro, Conceição de Aparecida, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guaxupé, Itamogi, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Muzambinho, Nova Resende, Passos, São Pedro da União e São Sebastião do Paraíso.

Controle da produção
Para demonstrar ao mercado a origem do produto e as condições de produção, foi criada uma comissão de rastreabilidade responsável pela identificação e criação de um histórico do café – data da colheita, lavoura a qual pertence, processamento realizado. Dessa forma, somente os produtores que seguirem o regulamento e tiverem um processo de controle e certificação de origem e qualidade poderão utilizar oficialmente a denominação da marca do território.

Em 2020, o Sebrae Minas iniciou um trabalho de posicionamento do território perante o mercado global de café, levando a uma estratégia de marca e valorização dos produtores. Dois anos depois, foi lançada a Marca Coletiva Sudoeste de Minas, que conquistou o reconhecimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, com a Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência Sudoeste de Minas. Em outubro do mesmo ano, o reconhecimento como Arranjo Produtivo Local (APL) consolidou a posição da região no mercado.

“Nossa expectativa era que a marca coletiva e a IG fossem concretizadas em 2025 ou 2026, por isso, antecipamos diversas ações. E essa antecipação rendeu bons resultados e muitos desafios. Agora, percebemos o engajamento do nosso associado porque ele reconhece a importância do nome da região e a relação dela com a produção do café”, explica o cafeicultor de Jacuí, Marco Antônio Porto Pimenta.

Qualificação
Outro pilar do Plano Estratégico é o apoio aos cafeicultores por meio de capacitações e assistência técnica oferecidas pelo Sebrae Minas, por meio dos programas Educampo e Boas Práticas Agrícolas, que trabalham técnicas de restauração da qualidade do solo e manejo sustentável do café. Até o fim de 2025, a instituição ainda vai promover encontros on-line e presenciais com a governança da Associação e os produtores associados para um diagnóstico dos desafios da atividade cafeeira na região.

As atividades de capacitação também serão estendidas à diretoria da Associação, por meio de mentorias com profissionais renomados, que vão compartilhar suas experiências e conhecimentos com a nova geração de produtores. Ações de comunicação e marketing para reforço da marca também já foram desenvolvidas.

“O Sebrae Minas é o nosso braço direito, pois nos ofereceu condições de fazer o diagnóstico da região e, agora, esse trabalho na reformulação da governança. Todas as ações traçadas vão transformar a Associação, tanto na parte de organização dos comitês, secretariado e diretoria como nas questões técnicas de regulação da produção do café. Sem esse apoio, dificilmente iríamos atingir o mercado que almejamos”, explica o presidente da Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, Fernando Barbosa.

Reconhecimento
A Indicação Geográfica (IG) é uma certificação que assegura que um produto possui qualidades e características únicas devido à sua origem geográfica. O sabor doce com notas de caramelo, chocolate e nozes, além da acidez cítrica e corpo denso com finalização prolongada, são as principais características do café produzido na região. O cultivo em altitudes que variam entre 700 e 1250 metros, com temperaturas anuais entre 5C° e 28°C e pluviosidade média de 1350 mm, favorece o desenvolvimento da cafeicultura de alta qualidade.

“O trabalho de reorganização da governança dos cafeicultores no Sudoeste fortalece a identidade regional e garante a excelência e a sustentabilidade da produção cafeeira. Nossas ações buscam a valorização do produto e a expansão para novos mercados, promovendo desenvolvimento econômico e social”, explica a analista do Sebrae Minas, Lucilene Pessoni.

Semana Internacional do Café
O Plano Estratégico também contempla a participação dos cafeicultores do Sudoeste de Minas na Semana Internacional do Café (SIC), que será realizada de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte. No evento, serão apresentados os resultados dessa reestruturação ao mercado brasileiro e internacional, com destaque para a qualidade e a singularidade dos cafés da região. Além de expor e comercializar seu produto, os cafeicultores vão participar de palestras e workshops que abordam as tendências e as inovações do setor.

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