Na crônica anterior havíamos prometido aos nossos possíveis leitores uma relação tanto circunstanciada quanto perfeita das pessoas preponderantes do nosso velho Monte Santo do ano da graça de 1.874. E hoje cumpriremos a nossa promessa, sempre com a valia prestimosa do interessantíssimo “Almanach Sul-Mineiro para 1.874”, de Bernardo Saturnino da Veiga.
Eis os JUIZES DE PAZ daquele ano: Tenente Coronel Vicente Ferreira Carvalhais, José de Almeida Freitas, José Cassiano Gomes e Anastácio da Silveira Monte Belo. ESCRIVÃO: Cassiano José de Lima. SUB-DELEGADO: José Caetano Vasco. SUPLENTES: João Bento Peixoto, Joaquim Bento da Silva e Felix Antonio da Luz. FISCAL: Braz Caetano Vasco.
No total de quinhentos eleitores da freguesia, segundo a Lei Saraiva, escolhiam-se ELEITORES GERIAS. Eram eles: Manuel Teodoro Gomes, Domiciano Rodrigues da Silva, Fabiano Soares de Morais, Flausino Antonio da Luz e Francisco Coelho Monte Claro.
No campo da instrução pública e particular, havia um delegado do GOVERNO: Urias Coelho Monte claro. E um professor particular, o primeiro mestre-escola montessantense: José Luís Ferreira da Cunha. E a freguesia de S. Francisco de Paula (que Veiga nomeia erradamente de S. Francisco das Chagas, pois este é S. Francisco de Assis e não o monge contemplativo da Calábria; da Vila de Paola) tinha o seu pároco, que o Almanach anota pitorescamente assim: “Vigário da egreja João Emadito”.
Já a oitenta anos atrás, era Monte Santo um rico centro cafeeiro, pastoril e comercial. O censo de 1872 acusava a entrada, na recebedoria local, da renda impressionante 30.000$000 (trinta contos de réis), que nem mesmo os já prósperos municípios de S. Sebastião do Paraíso, Jacui, Passos e Sta. Rita de Cássia conseguiam reunir. Os nossos fazendeiros de então, homens de têmpera desbravadora eram: Bernardo Gonçalves da Costa, domingos Custódio da Luz, Félix Antonio da Luz, Flauzino Antonio da Luz, Capitão Francisco de Morais Preto, Francisco de Paula Braga, D. Geracina Cândido Carvalhais Monte Claro, João Barbosa de Castro, João Manuel Ribeiro de Faria, João Naves de Souza, Joaquim Ananias de Souza Dias, José Furtado de Medeiros, Manuel Teodoro Gomes, D. Teodora Fernandes de Almeida, Tomaz Gonsalves Neto, Urias Coelho Monte Claro, Vicente Gonçalves da Costa e Tenente Coronel Vicente Ferreira Carvalhais.
Enumerando os elementos do comércio da freguesia, assim anotava o curioso Veiga: “Capitalistas: Cândido José Vieira, Francisco de Paula Braga e Tenente Coronel Vicente Ferreira Carvalhais. Negociantes de fazendas: Antonio Simão de Aguiar, Elias Marçal vieira, Francisco Nantes de Castilho, João Manuel Ribeiro de Faria, José Ferreira dos Santos Carvalhais, José dos Santos Neiva”.
Pesquisa: Maria Zelia
Matéria do Professor Carrato, transcrito do Jornal Nova Era, de 27 de Novembro de 1948.
