Aprenda como proteger sua lavoura de café contra os nematoides

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Pequenos vermes vivem no solo e são fitoparasitas que atacam o sistema radicular do cafeeiro; saiba como evita-los

Por Redação 

Os nematoides são um grande problema na agricultura em razão dos prejuízos que podem causar em diversas culturas. Entre elas, a cafeicultura. Antes de mais nada, eles são pequenos vermes que vivem no solo. Além disso, são fitoparasitas que atacam o sistema radicular do cafeeiro.

Para orientar seus cooperados, a Cooxupé preparou um vídeo especial ensinando como proteger sua lavoura de café contra os nematoides.

Nematoides

De antemão, o engenheiro agrônomo Ronaldo Freitas, do Departamento Técnico da Cooxupé, explica que existem dois gêneros desse verme. São eles: o Meloidogynes e o Pratylenchus. Sendo que as espécies mais comuns são Meloidogyne exiguaincognita e paranaensis, que são mais agressivas.

“Os nematoides provocam galhas, no caso do Meloidogyne exígua. Ademais, algumas espécies também causam ferimentos, descascamento nas raízes, o que acarreta na diminuição de absorção de nutrientes e água. Levando, assim, a um estresse maior da planta, diminuindo sua produtividade. Por fim, causam a entrada de fungos oportunistas, provocando outros tipos de doenças”, resume.

Sintomas

De acordo com Freitas, os sintomas mais comuns nas lavouras de café são plantas depauperadas, principalmente ao final de uma safra alta.

“Pelo fato de diminuir a absorção de água e nutrientes, essa planta fica debilitada, com folhas miúdas e meio amareladas”, ressalta.

Infestação

Desde já, o engenheiro explica que os nematoides infestam o solo por meio da água de chuva e enxurrada, trânsito de máquinas e implementos. E até mesmo por meio de ferramentas e sapatos dos produtores.

“As medidas de prevenção são, especialmente, evitar o plantio de novas lavouras em áreas já infestadas por nematoides. Ainda assim, utilizar mudas sadias provenientes de viveiros idôneos, com laudo técnico atestando que não estão infestadas por nematoides. Além disso, prefira cultivares resistentes como o IPR 100, o 106, o 59, o Catucaí 785/15, o Catinguá MG3, entre outras. Afinal, todas essas cultivares têm resistência ou tolerância aos nematoides”, detalha Freitas.

Manejo

Uma vez detectada a infecção de nematoides no solo, é preciso fazer o manejo de controle biológico e/ou químico. Em suma, também é possível utilizar plantas de cobertura. Como, por exemplo, a Crotalária ochroleuca, com efeito antagônico ao nematoide.

“O manejo cultural também é outra maneira de fazer esse controle. Porque, uma vez que se faz a poda, o sistema radicular fino, que é a preferência da maioria dos nematoides, é perdido por meio da poda. E diminui, com isso, a população de nematoides nesse solo”, esclarece o engenheiro da Cooxupé.

Amostragem

Após a identificação de algumas plantas com sintomas de nematoide, o ideal é que se faça uma amostragem de solo e raiz. Isso para saber quais são as raças presentes e também o nível populacional.

Segundo Freitas, essa amostragem é feita na projeção da saia, cavando de 10 a 30 centímetros.

“Nesse sentido, é preciso coletar em torno de 300 gramas de raiz e 500 gramas de solo. Colocar em um saquinho plástico, envolvendo essas raízes junto com o solo, para que os nematoides se mantenham vivos até a chegada ao laboratório”, informa.

Laboratório

Sobretudo, o Laboratório de Análises da Cooxupé realiza o exame do solo e raízes para o controle fitossanitário de nematoides.

“O diagnóstico de fitonematoides em áreas agrícolas é realizado através de análise de solo e raízes, onde são identificados e quantificados os gêneros e espécies das lavouras. Hoje, o laboratório da Cooxupé oferece esse serviço aos cooperados, por meio do Departamento de Análise”, afirma Márcio Donizetti de Andrade, coordenador do Laboratório da Cooxupé.

Por fim, para aprender mais sobre os nematoides, confira o vídeo do Cooxupé em Foco.

Extraído do hub do café

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