Consumo da bebida mais que dobrou no gigante asiático nas últimas duas décadas. No país, o principal consumidor do cafezinho é o jovem chinês
Por Redação
Embora o chá seja a bebida quente dominante na China há séculos, o café tem conquistado um espaço crescente no mercado chinês. De acordo com a Organização Internacional do Café, o consumo da bebida no país mais que dobrou nas últimas duas décadas. Passando, pois, de 231 mil sacas de 60 kg em 2002 para 2,8 milhões em 2022.
De antemão, um estudo da consultoria Frost & Sullivan, de 2020, mostrou que cerca de 330 milhões de pessoas consumiam café na China. Enquanto, em 2013, eram apenas 190 milhões. Ademais, a pesquisa revelou que os jovens são os principais amantes da bebida na China. Especialmente aqueles que têm entre 20 e 34 anos.
China
Além disso, o valor do mercado de café na China duplicou de 2015 a 2020. Portanto, passando de 47 bilhões de RMB (cerca de US$ 7 bilhões) para 82 bilhões de RMB (cerca de US$ 12 bilhões).
Dessa forma, espera-se que o mercado de café no país continue a aumentar a uma taxa composta anual de 22%. Atingindo, assim, um valor estimado de 219 bilhões de RMB (cerca de US$ 32 bilhões) até 2025.
Desde já, as projeções do setor sugerem que, se esse crescimento persistir, a China poderá se tornar o maior consumidor mundial de café até 2040. Ou seja, superando grandes mercados como o Brasil e os Estados Unidos.
Economia
Em meio à crise global causada pela pandemia, o mercado de café na China mostrou-se resistente e dinâmico. Afinal, sofreu menos impactos do que outros setores da economia. Essa resiliência, antes de mais nada, deve-se à capacidade dos consumidores e produtores de se adaptarem às mudanças impostas pelo cenário de crise. Nesse sentido, buscando novas formas de apreciar e comercializar a bebida.
Durante os períodos de bloqueio, pois, muitos chineses recorreram ao delivery ou ao comércio eletrônico para adquirir seus cafés favoritos. Do mesmo modo, aproveitando as facilidades oferecidas pelas plataformas digitais e pelos aplicativos de pagamento.
Além disso, alguns consumidores optaram por preparar o próprio café em casa. Portanto, aumentando a demanda por grãos, cápsulas e máquinas expressas.
Consumidor jovem
Primordialmente, o mercado de café na China também se beneficiou do perfil dos consumidores. Que são, em sua maioria, jovens urbanos, com alto poder aquisitivo e interessados por novidades.
Em primeiro lugar, esses consumidores estão sempre em busca de novas experiências, sabores e estilos de vida. E veem o café como uma forma de expressar sua personalidade e seu status social.
Personalização
Em suma, a indústria cafeeira chinesa acompanhou essa demanda crescente e diversificada, oferecendo produtos e serviços cada vez mais personalizados.
Antecipadamente, o número de cafeterias no país atingiu 148 mil em 2021. O que equivale a 10,5 estabelecimentos para cada 100 mil pessoas. Essas cafeterias, sobretudo, variam desde as grandes redes internacionais até as pequenas lojas locais. Passando, inclusive, pelas cafeterias boutique, que se destacam pela qualidade, pelo design e pelo ambiente.
Com esses fatores favoráveis, a princípio, o mercado de café na China tem um grande potencial de expansão nos próximos anos.
Em conclusão, estima-se que o valor do mercado ultrapasse a impressionante marca de 1 trilhão de RMB (cerca de US$138,5 bilhões) até 2025. Superando significativamente os 381,7 bilhões de RMB registrados em 2021.
Por fim, confira mais detalhes sobre o crescimento do café na China na reportagem da Exame.
Extraído do hub do café