Avaliação do Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé apresenta as condições meteorológicas durante o mês de outubro de 2023
Por Redação
O Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) constatou chuvas irregulares e altas temperaturas nos municípios que são monitorados pela cooperativa. Primeiramente, os engenheiros agrônomos avaliaram durante o mês de outubro de 2023.
Chuvas irregulares
De acordo com a avaliação, as chuvas aconteceram de forma irregular e acima da média histórica em todos os municípios monitorados pela Cooxupé. Com exceção a Patrocínio, no Cerrado Mineiro, onde as chuvas concentraram-se no 1º decêndio do mês. E praticamente não choveu nos últimos 20 dias, contabilizando 73 mm mensal.
Entretanto, para os demais municípios, as chuvas foram bem distribuídas durante os 3 decêndios. Assim, influenciando positivamente o armazenamento de água do solo. Dessa forma, a estação de Caconde (SP) registrou 301,2 mm, sendo esse o maior acumulado mensal.
Altas temperaturas
Antes de mais nada, o departamento registrou altas temperaturas, acima da média histórica, em todos os municípios avaliados pela Cooxupé. Monte Carmelo, no Cerrado Mineiro, e São José do Rio Pardo, no estado de São Paulo, registraram a maior temperatura (35,2°C) durante o mês. Enquanto Cabo Verde, no Sul de Minas, registrou a menor temperatura (13,8°C).
Outro ponto de atenção, pois, é a variação entre as temperaturas máximas e mínimas, resultando em amplitude térmica. Nesse sentido, as mudanças severas de temperaturas podem alterar o metabolismo das plantas. Causando, portanto, consumo de energia elevado, redução de carboidratos. Ou interferência no processo de divisão e diferenciação celular.
Lavouras
Por outro lado, as lavouras retomaram o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Exigindo, do mesmo modo, grande quantidade de água, nutrientes e proteção contra pragas e doenças.
Primordialmente, a ocorrência de veranicos (falta d’água), altas temperaturas, fertilidade desequilibrada do solo e ataque de pragas e doenças podem comprometer o desenvolvimento dos frutos. E, ainda, a evolução da fase vegetativa das lavouras.
Após abertura das flores, então, inicia-se a etapa de intensa divisão, multiplicação e diferenciação celular. Neste momento, em outras palavras, exige-se elevada demanda de energia (carboidrato). Deficiência energética somada ao autoconsumo de energia para reduzir o estresse das plantas, que poderá ocasionar a redução na produção da safra.
Déficit hídrico
Mesmo com as chuvas acima da média em quase todos os munícipios, Monte Carmelo, Patrocínio e Rio Paranaíba, no Cerrado Mineiro, registraram déficit hídrico acima de 20 mm. Ou seja, um indicador da restrição de água a que os cafeeiros foram submetidos. E, portanto, pode impactar diretamente no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das lavouras.
Armazenamento de água
Contudo, no fim de outubro, as chuvas no 3º decêndio foram suficientes para atingir 100 mm da capacidade de armazenamento de água em vários municípios acompanhados. Em suma, registrando excedente hídrico em Cabo Verde, Caconde, Campestre, Campos Gerais, Carmo do Rio Claro. Além de Coromandel, Guaxupé, Monte Santo de Minas, São José do Rio Pardo e São Pedro da União.
Em conclusão, excedente hídrico corresponde ao volume de água que o solo não foi capaz de infiltrar. Nesse sentido, esta água escorre pela superfície do solo, indo infiltrar em outro local ou se depositando em algum curso de água.
Por fim, na página da Cooxupé estão disponíveis para consulta todos os dados coletados pelas estações meteorológicas da Cooxupé.
Extraído do hub do café