BSCA e entidades de regiões que possuem Indicação Geográfica querem implementar estratégias de promoção dos cafés especiais brasileiros
Por Redação
Promover os cafés especiais com origem controlada e as regiões produtoras com Indicação Geográfica (IG) no Brasil. Além disso, fortalecer o associativismo e a integração dessas origens com soluções tecnológicas. E estratégias para potencializar a comercialização dos produtos locais. De antemão, esse é o objetivo do Termo de Cooperação assinado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) com 13 entidades que representam essas áreas do cinturão cafeeiro no Brasil. Antes de mais nada, o acordo foi assinado no dia 9 de novembro.
Além da BSCA, os signatários representam as IGs das Denominações de Origem Cerrado Mineiro, Caparaó (ES e MG). E, ainda, Mantiqueira de Minas, Montanhas do Espírito Santo. Além do Café da Canastra (MG) e Matas de Rondônia. Ainda assim, as IGs das Indicações de Procedência Sudoeste de Minas, Região de Garça (SP), Matas de Minas. Ademais, Campo das Vertentes (MG), Conilon Capixaba (ES), Região de Pinhal (SP). E, por fim, Alta Mogiana (SP e MG).
Acordo
Por meio do Termo de Cooperação, as instituições unirão esforços em prol do associativismo do café especial brasileiro. Isso entre os associados da BSCA e os membros das entidades representativas das regiões produtoras de cafés especiais.
Dessa forma, alinhando e fortalecendo o pertencimento, a cultura de excelência na qualidade e na sustentabilidade. E, também, na governança, ampliando esforços conjuntos na captação de recursos. Além do fortalecimento da unidade do café nacional em relação à promoção e à construção da imagem.
Comitê
A princípio, vão implantar um comitê das regiões produtoras para edificar a governança regional e disseminar normas de origem, qualidade e boas práticas agrícolas. Em continuação, traçar políticas e planejamento para o cultivo de cafés especiais. Em seguida, realizar discussões para a criação de uma marca ao café do Brasil.
Também haverá a inclusão dessas regiões na estratégia de marketing da BSCA em feiras internacionais. Ademais, a Associação ajudará as entidades representativas no planejamento e na realização de “origin trips”. Trazendo, pois, grupos de compradores globais às áreas produtoras de café do país.
Estratégias
O diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, explica que é importante que cada origem produtora do Brasil trace e execute suas estratégias. Isso para obter suas IGs e, consequentemente, para produzir cafés que atendam, reconhecidamente, aos mais exigentes mercados. Que demandam, cada vez mais, produtos que respeitem aos critérios da governança socioambiental.
“Vivemos um contexto em que apenas produzir com qualidade já não é mais suficiente. Por isso, a BSCA trabalha com foco no tripé qualidade, sustentabilidade e origem. O que é uma realidade do café especial brasileiro. Contribuir para que essas regiões cafeeiras alcancem sua excelência nesse sentido. E apresentar esse trabalho e esses cafés especiais ao mundo, com rastreabilidade e respeito aos critérios ESG, é uma resposta que damos às cobranças impostas pelas novas regulações do mercado consumidor global”, comenta.
Diversidade
Além disso, Estrela destaca o fato de o Brasil ser um país com dimensões continentais, com diversidade topográfica e climática. Inclusive, fazendo com que os cafés de cada origem produtora tenham características diferenciadas e únicas. O que não se observa em nenhuma outra nação produtora.
“Temos o compromisso de promover, mundo afora, os cafés brasileiros, suas regiões e histórias. Destacando seus atributos ímpares, que geram um produto sustentável e rastreável, com qualidade excepcional. Esses cafés contribuem para o avanço do consumo mundial e ajudam o Brasil a permanecer na vanguarda do fornecimento de cafés que respeitam meio ambiente. E as pessoas envolvidas na cadeia produtiva”, completa.
Encontro
Em suma, a assinatura do Termo de Cooperação com a BSCA é resultado do encontro que as 13 entidades realizaram para o projeto “Digitalização das IGs de Café”. Ou seja, uma plataforma que vem sendo desenvolvida com apoio do Sebrae, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Instituto CNA.
Essa plataforma, em desenvolvimento, pretende reunir informações sobre sabores e características singulares dos cafés especiais com origem controlada. Que envolvem, dessa forma, procedência, aroma, cultura, terroir, qualidade, região de produção. Por fim, se o produtor tem preocupações sociais e ambientais, entre outros aspectos.
Extraído do hub do café