Relatório aponta que Brasil será responsável pela distribuição de mais de 30% do café mundial; entenda os motivos
Por Redação
A colheita da safra de café 2023/24 no Brasil está na reta final. Embora produtores temam as variações de preços e interferências climáticas, a demanda global está cada vez mais dependente do fornecimento do café brasileiro. Sobretudo, essa distribuição pode passar dos 30%.
Primeiramente, é o que projeta a consultoria de inteligência de mercado hEDGEpoint. Esse destaque se deve por conta de um crescimento de produção maior se comparado a outros países. Atualmente, o Brasil responde por cerca de 25% da oferta mundial. Conforme divulgado pelo Globo Rural.
O Vietnã também puxa a oferta, no entanto, recuou na disponibilização do grão na safra 2022/23. O que afetou a participação nas exportações.
Café brasileiro
De acordo com um relatório, regiões cafeicultoras, como Colômbia, América Central e México, apresentaram uma queda significativa nos embarques mundiais.
Nos mercados globais, portanto, os preços do café permanecem consolidados. Todavia, com possibilidade de ajustes à frente, dependendo do fim das colheitas e dos eventuais desequilíbrios no fornecimento.
“O Brasil é o único país que tem seguido uma tendência ascendente em termos de sua participação nas exportações globais nos últimos anos. Por outro lado, Colômbia, América Central e México viram sua participação cair pela metade”, evidencia o relatório.
Estimativas
De antemão, as estimativas são de uma recuperação de 3% nas exportações da América Central e México. Marcando, assim, um primeiro salto desde a safra de 2017/18, quando as regiões oscilaram entre 10% e 15% na participação das exportações mundiais. Entretanto, a recuperação ainda é tímida para compensar quedas anteriores.
Em suma, a redução de preços pago aos produtores do café arábica nos últimos anos pode ser um indício de menor demanda por esse tipo de café, afetando essas áreas.
Ainda segundo o relatório, as quedas acentuadas nessas regiões também se devem aos efeitos da pandemia ainda em 2022.
Para a analista de Café hEDGEpoint Global Markets, Natália Gandolphi, uma tendência de diminuição na demanda por café arábica em diversos destinos se desenha pela falta de resposta dos diferenciais aos preços em queda na bolsa de Nova York (NY).
Extraído do hub do café