Operação Élpis traz esperança para esclarecer assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes

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Para especialista, tem que chegar ao mandante, descobrir a motivação e punir aqueles que de alguma maneira participaram ou se locupletaram do crime

Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal, mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP.

O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, foi preso pela Polícia Federal (PF). Ele já cumpria pena de quatro anos em regime aberto, por atrapalhar as investigações, em 2020.

A prisão de Maxwell Corrêa é resultado da delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz. Segundo ele, Maxwell e Lessa foram até sua casa, na zona norte carioca, no dia seguinte ao crime para trocar as placas do carro usado.

A prisão do ex-bombeiro e a delação de Queiróz estão no âmbito da primeira fase de uma nova investigação dos crimes, a Operação Élpis, que na mitologia grega é a deusa da esperança.

Para Leonardo Pantaleão, especialista Processo Penal, o esclarecimento desse crime, apenas no momento que se alcançar, de fato, o mandante.

“Embora de uma maneira ainda lenta, tem-se obtido relativo sucesso na investigação, alcançando as pessoas que participaram da execução, seja quem dirigiu, quem efetuou os disparos, a preparação, o que foi feito com o carro na sequência, enfim, as questões operacionais estão sendo esclarecidas e as pessoas que participaram de uma forma direta ou indireta estão sendo identificadas”.

Para o especialista, isso não basta. “É preciso, de toda forma, se chegar ao mandante, descobrir a motivação e punir, mandante, executores e, acima de tudo, aqueles que de alguma maneira participaram ou se locupletaram desse assassinato”.

Fonte: jonas.aguilar@m2comunicacao.com.br

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