Colheita mecanizada reduz custos e melhora rentabilidade

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Operação deve ser realizada causando o mínimo de danos na planta, para preservar a produtividade da lavoura nas safras futuras

Por Redação

Colheita mecanizada reduz custos e melhora rentabilidade

A colheita mecanizada ou semimecanizada do café é fundamental para a redução de custos e a melhoria da rentabilidade do cafeicultor. Para isso, no entanto, a regulagem das máquinas de colheita é um fator muito importante. Além disso, a operação deve ser realizada causando o mínimo de danos possíveis na planta, para preservar a produtividade da lavoura nas safras futuras.

Para orientar os produtores, o Cooxupé em Foco aborda o assunto em vídeo especial e ensina como fazer a colheita mecanizada no cafezal.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Agrointegra, Rodrigo M. Albano Silva, é muito importante entender a morfologia dentro do processo de produção.

“A folha vai realizar a fotossíntese. Água, luz e gás carbônico serão transformados dentro desse processo para ter a produção de energia. Para ter uma colheita de bastante qualidade, com produtividade alta e o processo sendo feito da melhor maneira possível, é preciso manter essas folhas por mais tempo na lavoura”, explica Silva.

Há duas formas de realizar esse processo: a colheita seletiva e a colheita plena

Colheita mecanizada

De antemão, um ponto a ser observado é o momento ideal para o início da colheita, alerta o profissional.

“Dentro do processo de colheita mecanizada, o ajuste do ponto ideal de colheita é muito importante pelo seguinte: se a gente tem um índice muito alto de verde, a força de desprendimento do grão para sair, para o pedúnculo se romper do ramo, deve ser muito alta. Se fizer uma colheita com a lavoura com um índice de verde muito alto, é preciso forçar a vibração, o freio e a velocidade da máquina, para fazer a retirada desses grãos de maneira mais efetiva – no caso de uma colheita plena”, destaca Silva.

Ademais, o engenheiro agrônomo conta que o processo vai ativar a produção de etileno que, além de forçar a maturação da lavoura, muitos produtores fazem previamente para programar uma colheita mais cedo. Mas pode causar a desfolha dessa lavoura.

“No momento da colheita, não vai acontecer desfolha. Porém, depois, a gente vai ter problema de desfolha e cortar as pontas das guias, e aí corta a dominância desse ramo, forçando a brotação. A gente pode piorar também a dominância apical da planta, que vai trazer a produção de ramos ladrões, que também são danosos para o processo produtivo do ano seguinte. E ainda onera o processo, porque precisa fazer a desbrota”, ressalta.

Ou seja, quanto mais o cafeicultor forçar a retirada do grão, mais agressão vai ter e mais problemas de produção ele vai ter para os próximos anos, alerta Silva.

Tipos de colheita mecanizada

Com relação às regulagens de colheita mecanizada, o engenheiro agrônomo afirma que há duas formas de realizar esse processo: a colheita seletiva e a colheita plena.

A colheita seletiva, pois, preza por colher o maior índice possível de grão cereja da planta. Então, é feita um pouco antes do período convencional, assim que tiver um índice interessante de cereja, que geralmente começa no ponteiro da planta e vem descendo a maturação, é quando pode entrar com esse processo.

“É feita de maneira mais rápida. Assim, a máquina anda um pouco mais rápido, e com a vibração mais leve e freio também mais solto. Isso tudo para evitar o dano, já que o produtor vai ter que passar mais uma vez essa máquina logo após um mês, mais ou menos, para poder fazer a retirada do restante de café que ficou, que na primeira passada era verde, e nessa segunda vai estar colher dentro de cereja e seco”, reforça.

Ainda assim, Silva esclarece que esse processo seletivo é muito promissor, porque a primeira passada já estimula o etileno. Então, terá uma maturação mais uniforme também para a segunda passada.

Já na colheita plena, o cafeicultor visa colher todo o café da lavoura.

Regulagens

“A questão da regulagem da máquina, em termos de velocidade e vibração, é determinada pelo modelo de colheita que o produtor vai adotar. A colheita seletiva vai ficar com um índice entre 0.5 e 0.7. Esse índice é a vibração dividida pela velocidade em metros por hora. Portanto, vai ter que fazer duas passadas”, avisa o profissional.

Ao passo que, em uma colheita plena, a regulagem vai estar entre 0.8 e 1, com a vibração dividida pela velocidade. Porém, o engenheiro alerta que o produtor não pode deixar passar muito do 1, porque o dano causado à lavoura acaba sendo maior. “A vibração excessiva, a velocidade baixa e o freio em peso muito alto podem causar sérios danos à lavoura e isso a gente não quer. E é sempre lembrar: de qualquer forma, todo processo de colheita causa algum tipo de dano na planta, é inevitável”, comenta.

Qualidade

Em suma, o administrador da Fazenda Divisa, João Pedro Muniz, conta que optou pela colheita mecanizada na lavoura há alguns anos.

“A gente usa a colheita plena porque nos traz mais qualidade e rendimento e a gente economiza no gasto de óleo. Além disso, é possível tirar alguns frutos de mais maturação. A visita técnica oferecida pela Cooxupé nos traz muitas vantagens e melhorias também, porque a gente aprende a alinhar e posicionar a máquina e economiza no gasto”, disse.

Para saber mais sobre o assunto, confira o vídeo do Cooxupé em Foco.

Extraído do hub do café

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