Associação celebra o Dia Nacional do Café, data criada para valorizar o produto e elevar seu padrão para o mercado interno
Por Redação
Com o objetivo de valorizar a bebida mais importante do país, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) instituiu o 24 de maio como o Dia Nacional do Café. Criada em 2005, pois, a data celebra o início da colheita do produto, a importância econômica e histórica do grão. Além de reforçar o compromisso da associação em elevar, cada vez mais, o padrão de qualidade do café.
Desde já, o Dia Nacional do Café possui um sabor especial em 2023. Isso porque a entidade comemora 50 anos de atuação. Durante a sua trajetória, a ABIC foi revolucionária por apoiar a indústria brasileira e implementar os Programas de Certificação do café. Que reduziram ao longo dos últimos 30 anos de 30% para 1% o nível de impureza encontrada nos produtos nacionais.
Legado
De acordo com o presidente da ABIC, Pavel Cardoso, a associação construiu um legado de desenvolvimento da qualidade do café brasileiro nessas cinco décadas, associado a uma educação dos industriais direcionada ao varejo. E, por consequência, aos consumidores.
“Destaque para a criação do Selo de Pureza, em 1989, juntamente com o programa de autorregulamentação. Que elevou o consumo per capita de dois quilos, em 1989, para quase cinco quilos, em 2023. Além disso, houve uma redução significativa nas fraudes, de 30% para menos de 1% nos dias de hoje”, afirma Pavel.
Certificação
Recentemente, a ABIC reestruturou os seus Programas de Certificação com o intuito de adequá-los ao novo Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Portanto, o objetivo foi promover a melhoria contínua da qualidade do café, além de garantir o respeito e a transparência ao consumidor.
Em primeiro lugar, com a modernização, houve a unificação dos programas de Pureza (SPA) e Qualidade do Café (PQC). São duas certificações distintas que passaram a ter um regulamento e uma identidade visual única. Onde todos os produtos são certificados quanto à Pureza e à Qualidade.
Ademais, o consumidor pode atestar a conformidade através do QR Code que vem incorporado ao Selo estampados nas embalagens.
Controle rigoroso
Dessa forma, o controle tornou-se ainda mais rigoroso, pois o alimento precisa atingir o nível mínimo de qualidade estabelecido pela metodologia da ABIC e, também, pelo MAPA.
Ao mesmo tempo, a reestruturação é uma tendência global de mudança de protocolo, que visa promover maior rastreabilidade e qualidade ao mercado interno.
A ABIC certifica, aproximadamente, 1.300 marcas de café. Sendo 20,1% extraforte, 37,4% tradicional, 17,3% superior e 25,2% gourmet.
Qualidade do café
Fundada em 1973, a ABIC trabalha para garantir que a bebida mais importante do país seja sinônimo de sabor, aroma e segurança do alimento. Através da disponibilização de informações, análises do mercado e campanhas com foco na educação para o consumo, a associação fomenta o desenvolvimento do agronegócio café.
Ainda assim, a sustentabilidade também possui um espaço de destaque na instituição. Programas de logística reversa e boas práticas de fabricação são sempre incentivados, com o intuito de garantir o respeito ao meio ambiente, desde a produção até a industrialização.
“Para os próximos 50 anos, a ABIC está focada nos esforços necessários para aumentar, ainda mais, a régua de qualidade do café. É importante frisar, também, que junto com o aumento da qualidade, há a proposição de um valor agregado mais extensivo à cadeia. O Brasil precisa ser valorizado. Afinal, produzimos, aproximadamente, um terço da produção mundial e as indústrias nacionais absorvem de 35% a 40% da produção do país”, ressalta Pavel.
Extraído do hub do café