Pequenos negócios mineiros registram saldo negativo de vagas de trabalho em janeiro

13
0
COMPARTILHAR

Apesar dos números desfavoráveis, micro e pequenas foram responsáveis por quase 100% das admissões no estado

As micro e pequenas empresas (MPE) mineiras mantiveram o patamar de contratações de dezembro e encerraram o primeiro mês de 2023 com um saldo negativo de -545 postos de trabalho. O número resulta da diferença entre 186.222 admissões e 186.767 desligamentos registrados no período, impulsionados pelo número elevado de baixas na atividade comercial. Foi o que mostrou o levantamento realizado pelo Sebrae Minas com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O saldo geral de vagas nos pequenos negócios de Minas Gerais foi o oitavo pior do país em janeiro. Em dezembro do ano passado, as MPE já haviam registrado um saldo negativo de -23.808 vagas de empregos, resultante da diferença entre as 90.094 contratações e as 113.902 demissões.

No comparativo com o mesmo período de 2022, houve queda de 134% no saldo de vagas geradas pelas micro e pequenas empresas no estado. Por sua vez, o saldo nas médias e grandes empresas (MGE) também foi negativo, de -84 vagas. Os pequenos negócios foram responsáveis por 99,9% das admissões feitas em janeiro.

“Os números podem ser reflexo do desligamento de vagas temporárias abertas no fim de 2022. Tivemos um crescimento um pouco maior nas admissões quando comparado com dezembro, no entanto, as demissões superaram as contratações, o que não foge ao padrão de sazonalidade para o mês de janeiro”, explica o analista do Sebrae Minas André Costa.

A Construção Civil foi o setor com o maior número de contratações em janeiro, com um saldo de 3.216 vagas e crescimento de 149,5% no comparativo com dezembro. A Indústria de Transformação encerrou o mês com 2.684 de saldo (140,3% a mais que o mês anterior), enquanto Serviços foi responsável por um saldo de 1.838 vagas (elevação de 120,5%). Em contrapartida, o Comércio foi o que gerou o pior saldo, com queda de 7.198 postos de trabalho. Agropecuária (-845) e Indústria Extrativa Mineral (-240) também tiveram resultados negativos.

André Costa afirma que os pequenos negócios do Comércio voltaram a contratar com frequência, mas ainda sofrem a interferência dos trabalhos temporários de 2022: “As MPE do setor foram as que mais sentiram os efeitos do encerramento dos contratos temporários no período”.

Por cidade

Nova Serrana, no Centro-oeste mineiro, superou Belo Horizonte e apresentou maior diferença positiva entre admissões e desligamentos, com 813 vagas. A capital mineira encerrou o primeiro mês de 2023 com saldo de 662, enquanto Uberaba teve 626. Jaíba (245), Conselheiro Pena (219) e Montes Claros (196) também apresentaram resultados satisfatórios. Por outro lado, Uberlândia (-1.081), Paracatu (-1.016), Juiz de Fora (-713) e Betim (-456) tiveram os piores desempenhos na geração de empregos.

Os homens na faixa etária de 18 a 24 anos, com Ensino Médio completo e raça/cor parda representam o perfil mais comum de contratações geradas pelas micro e pequenas empresas em janeiro. O salário médio de admissão pago pelas MPE de Minas Gerais no período foi de R$1.848,05; cerca de R$10,41 a mais que o salário médio de desligamento.

Fonte: Ana Gabriella anagabriella@prefacio.com.br

Foto: Agência Sebrae de Notícias

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Campo obrigatório